Livre vai votar moção que pede que Joacine Katar Moreira saia do parlamento - TVI

Livre vai votar moção que pede que Joacine Katar Moreira saia do parlamento

  • BC
  • 13 jan 2020, 15:56

Congresso do partido está marcado para o próximo fim de semana. Moção diz que Livre deve retirar confiança política a Joacine se ela não renunciar ao cargo de deputada

Uma das moções que vão ser discutidas no congresso do partido Livre, nos próximos dias 18 e 19 de janeiro, pede a saída de Joacine Katar Moreira do parlamento, defendendo que, se a deputada não renunciar, deverá ser-lhe retirada a confiança política. 

Na moção, assinada por Manuel Alfredo de Lima Oliveira, Augusto Manuel Oliveira Ramos Rodrigues, Bruno Machado, Maria de Fátima Nogueira Lopes e João Carlos Gama Martins de Macedo, sublinha-se que as causas defendidas pelo partido "parecem não conseguir sobrepor-se ao ruído constante provocado pelos fait divers mais estapafúrdios", e que o partido "se arrisca a ver a sua própria sobrevivência posta em causa". 

Assim sendo, no caso de a deputada não se dispuser a renunciar às suas funções, o Livre não tem outra alternativa a não ser retirar-lhe a confiança política". termina a moção intitulada "Recuperar o Livre, resgatar a política".

 

A moção que foi esta segunda-feira publicada no site do partido  não é subscrita por qualquer elemento da direção executiva, designada por Grupo de Contacto.

O texto começa assinalando que "a eleição de uma deputada encheu todos os LIVREs de entusiasmo e esperança, pois existiam agora as condições para que os valores defendidos pelo partido passassem a ser conhecidos por mais e mais pessoas". Mas contrapõe: "Todavia, não foi assim que as coisas se passaram. É verdade que o LIVRE começou a ser mais conhecido dos portugueses, mas não pelas razões que pretendíamos"

A moção passa depois a detalhar que o partido ficou conhecido "devido às peripécias, atribulações e polémicas internas em que se viu envolvido", o que conduziu "à degradação da imagem pública e da credibilidade do partido. Por outro lado, a falta de articulação entre os órgãos do partido e o gabinete parlamentar, agravada pelas constantes declarações à comunicação social, afetaram, de modo insanável, as relações institucionais entre os órgãos do LIVRE e a deputada eleita", lê-se no texto. 

Os signatários da moção referem ainda que as intervenções de Joacine Katar Moreira no parlamento evidenciam "falta de preparação", encontrando explicação para o facto nas dissidências da deputada "em relação aos órgãos do partido, com destaque para o Grupo de Contacto".

Ao todo, foram apresentadas 18 moções ao congresso do Livre, que se realiza em Lisboa no próximo fim de semana e elege novos órgãos nacionais. Joacine Katar Moreira, sabe-se já, não integra a lista única de candidatos à direção, que foi divulgada pelo Livre no passado sábado. 

Na lista de 68 nomes publicados mantém-se o de Rui Tavares, mas sem integrar o Grupo de Contacto [direção], composto por 15 efetivos e dois suplentes.

As moções específicas ao congresso podem ser apresentadas por qualquer membro ou apoiante do Livre, mas para “irem à votação no congresso precisam de ser subscritas por um mínimo de cinco membros e apoiantes”, apesar de poderem ser apresentadas “sem esse número mínimo” e depois, até ao dia do congresso, recolherem as subscrições necessárias. 

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