Autárquicas: Passos diz que será desafio difícil - TVI

Autárquicas: Passos diz que será desafio difícil

Pedro Passos Coelho (Nuno André Ferreira/Lusa)

Líder do PSD defende que o partido está mais empenhado em garantir o sucesso do país do que o eleitoral

Relacionados
Pedro Passos Coelho assume a vitória nas autárquicas de 2013 como um objetivo da sua recandidatura à liderança do PSD, mas aponta esse objetivo como «um dos desafios mais difíceis dos últimos anos» para os sociais-democratas.

De acordo com a Lusa, na moção de estratégia global que vai levar ao Congresso do PSD de 23, 24 e 25 de março, intitulada «Governar para a mudança e abrir o horizonte do futuro», Passos Coelho escreve que o partido «disputará a vitória e a liderança política» nas eleições regionais nos Açores deste ano, assim como nas autárquicas de 2013.

Apesar disso, o também primeiro-ministro ressalva que o PSD «claramente está mais empenhado em garantir o sucesso do país do que o seu sucesso eleitoral» e «não hesitará por um momento em colocar Portugal em primeiro lugar, mesmo que isso lhe traga algum dissabor eleitoral».

Passos Coelho acrescenta, quanto às eleições autárquicas, que «o PSD enfrentará um dos desafios mais difíceis dos últimos anos, já que as candidaturas lideradas pelos social-democratas nas anteriores eleições conduziram a um dos melhores resultados autárquicos de sempre» e que em resultado da lei de limitação de mandatos «uma grande maioria de presidentes de Câmara eleitos pelo PSD não poderá recandidatar-se, e isso ocorrerá em número muito superior ao de qualquer outro partido».

Mesmo assim, «o PSD mantém o objetivo de conquistar o maior número de mandatos autárquicos, incluindo o número de presidências de Câmara municipais», afirma.

Relativamente à política de alianças para as autárquicas, Passos Coelho defende que esta deve ser decidida da forma «mais descentralizada possível», com um «reforço do processo de consultas» ao CDS-PP.

A moção, entregue hoje por Passos Coelho na sede nacional do PSD, em Lisboa, tem uma introdução e seis capítulos, o primeiro dos quais dedicado à estabilização das finanças e à democratização da economia, que são considerados «uma nova prioridade».

O sétimo capítulo é dedicado ao PSD, com o título «O nosso partido: modernização, abertura e proximidade», e é nesse que estão as referências aos próximos atos eleitorais nacionais.

Quanto aos Açores, Passos Coelho manifesta confiança «na expectativa que os açorianos têm numa mudança de ciclo político capaz de trazer uma proposta de mudança e de novos protagonistas que insuflem uma nova estratégia de desenvolvimento» para esta região autónoma.

«A atual solução executiva encontra-se em fim de ciclo e o prolongamento do ciclo socialista com um diferente protagonista apenas traria um adiamento empobrecedor da alternativa reformadora que só o PSD pode oferecer», sustenta.

De acordo com Passos Coelho, no atual contexto, o PSD deve estar sobretudo empenhado «em vencer a emergência por via da mudança profunda e em libertar o futuro dos portugueses, livrando-os da insustentabilidade da dívida e promovendo a competitividade e abertura da estrutura económica e social».

«Não obstante este desígnio, que o obriga a voltar-se mais para o exterior do que para si próprio, o PSD terá no entanto de se saber mostrar um partido cada vez mais aberto e moderno, atento à realidade envolvente e promovendo as alterações internas que melhor o conduzam a uma interpretação correta dos anseios dos portugueses e que reforcem, aos olhos destes, o seu papel liderante e os seus fatores de identificação», acrescenta, elogiando o trabalho de Aguiar-Branco e de Rui Machete à frente das comissões para a revisão do programa e dos estatutos do partido, respetivamente.
Continue a ler esta notícia

Relacionados