“Fico com a consciência tranquila de que fiz tudo o que estava ao meu alcance para evitar esta situação, fechar esta página negra da nossa história e para o país ganhar o direito de voltar a sonhar nos próximos anos. "
O chefe do Executivo espera que esta seja a última vez que Portugal tenha de passar por um processo destes, sublinhando ainda que "protegeu o país" deste e de outros dramas a que alguns países foram sujeitos, citando a incerteza do pagamento das reformas e o controlo de levantamentos nas caixas de multibanco numa clara alusão à crise na Grécia.
"Foi uma realidade dura [a emigração] e espero que Portugal nunca mais tenha de passar por um processo destes. [...] Podem gostar de mim ou não gostar nada. [...] Eu protegi o país desta realidade."
A crise na Grécia foi, de resto, abordada mais tarde e questionado sobre o facto de Atenas ter taxas de juro mais baixas e pagar em prazos mais longos comparativamente com Portugal, quando deve mais dinheiro, o primeiro-ministro sublinhou que se trata de uma expressão de solidariedade europeia.
"A Grécia é um caso singular e era preciso dar uma expressão de solidariedade económica. Devíamos mostrar a nossa solidariedade."