“Lula da Silva não me veio meter nenhuma cunha” - TVI

“Lula da Silva não me veio meter nenhuma cunha”

Passo Coelho desmente as notícias que dão conta de “favores” pedidos pelo ex-presidente brasileiro ao Governo português

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, negou, esta segunda-feira, que Lula da Silva tenha intercedido junto dele, em favor da empresa brasileira Odebrecht.
 

“O ex-presidente Lula da Silva não me veio meter nenhuma cunha para nenhuma empresa brasileira. (…) Isso não aconteceu, nem aconteceria, pensou eu, nem da minha parte, nem da parte dele”, disse Pedro Passos Coelho aos jornalistas.
 

O primeiro-ministro sublinhou mesmo que a empresa brasileira em questão nem sequer manifestou interesse no processo de privatização que vem referenciado nas notícias: “Aquilo que vem referenciado na comunicação social é o caso de uma empresa que foi privatizada sem que sequer nenhuma empresa brasileira tivesse apresentado proposta alguma. (…) A EGF, como sabem foi vendida no âmbito da privatização à empresa Suma, que é uma empresa portuguesa, que apresentou a melhor proposta. A empresa brasileira que é referida nem sequer apresentou candidatura.”
 

Passos Coelho acrescentou mesmo que “em todos estes anos que levo como primeiro-ministro nunca ninguém me veio pedir para prestar uma atenção dedicada a um determinado processo de privatizações, porque uma empresa em particular tivesse este interesse ou aquele interesse”. 


Sobre o que disse a Lula da Silva, Passos Coelho declarou: "Eu terei dito ao ex-presidente Lula da Silva, como disse à presidente Dilma, como disse à chanceler alemã, como disse ao presidente francês, como disse a muitos outros chefes de Estado e de Governo, que as empresas dos seus países eram todas bem-vindas no processo de privatizações. O meu desejo era que apresentassem boas propostas".

Em causa está o processo judicial em curso no Brasil "Lava Jato"
, que segundo a imprensa brasileira envolve o ex-presidente Lula da Silva, investigado por alegado favorecimento à construtora Odebrecht já depois de ter deixado de ser chefe de Estado.
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