«Nós não estamos a fazer uma luta de galos» - TVI

«Nós não estamos a fazer uma luta de galos»

Pedro Passos Coelho

Passos Coelho acusa José Sócrates de ser o culpado pela «maior tragédia de que há memória em Portugal»

O presidente do PSD, Passos Coelho, afirmou esta noite que o primeiro-ministro, José Sócrates, é o responsável pela «maior tragédia de que há memória em Portugal» e que, «com esta liderança, o PS é um problema para Portugal».

Durante um jantar com apoiantes, em Évora, Passos Coelho ressalvou que «a liderança do PS tem de ser respeitada enquanto tiver o apoio do PS», mas acrescentou: «Há uma consequência que é evidente, é que hoje, com esta liderança, o PS é um problema para Portugal, não está do lado da solução para o país».

O presidente do PSD recusou que esteja a pessoalizar esta campanha eleitoral: « Nós não estamos a fazer uma luta de galos. Isto não é um problema pessoal, isto é uma questão política. Não se brinca com o país, não se brinca com os bancos, não se brinca com as empresas, não se brinca com as associações, não se brinca com os portugueses».

«Não podemos pôr o país a fazer de figurante numa campanha eleitoral gigantesca que este Governo anda a preparar há seis anos no país, não se importando de conduzir o país à falência. A questão, portanto, é política. E hoje não sou só eu que o digo, toda a gente reconhece: não se consegue estabelecer um compromisso com quem falha tudo aquilo com que se acorda», acrescentou.

Passos Coelho referiu-se a José Sócrates como alguém «que se preparou a vida toda para ser primeiro-ministro, como deputado, secretário de Estado, ministro de várias pastas e, finalmente, primeiro-ministro, mas conduziu o país ao maior fracasso e à maior tragédia de que há memória em Portugal».

Segundo Passos Coelho, o primeiro Governo de José Sócrates já tinha tido resultados «insatisfatórios» e, nas legislativas de 2009, o PSD liderado por Manuela Ferreira Leite «tinha razão», mas os portugueses deram «uma segunda oportunidade» ao PS, embora retirando-lhe a maioria absoluta.

O presidente do PSD apresentou-se como alguém que quer ser um «exemplo moral» e que escolhe «um caminho difícil» para vencer as legislativas de 5 de Junho porque não quer «ser igual ao actual primeiro-ministro».
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