«O Estado tem de se portar bem» - TVI

«O Estado tem de se portar bem»

Passos Coelho (LUSA)

Pedro Passos Coelho diz que isso tem de acontecer, «esteja o Governo ocupado por partidos que são mais gastadores ou mais poupadinhos»

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou na terça-feira que o Estado tem de se portar bem, seja o Governo ocupado por partidos mais gastadores ou mais poupadinhos e admitiu que este deve continuar a emagrecer.

«O Estado tem de se portar bem, esteja o Governo ocupado por partidos que são mais gastadores ou mais poupadinhos, é indiferente», disse Pedro Passos Coelho.

O chefe do Governo falava num jantar conferência, na Ortigosa, concelho de Leiria, onde estiveram cerca de 400 pessoas, e no qual foi questionado por um empresário sobre se o Estado fez o reajustamento tal como as empresas.

«As contas devem sempre bater certas. Se tivermos alguém que seja mais gastador, os impostos têm de subir mais, se houver alguém mais poupadinho os impostos não precisam de subir tanto. É a economia privada que funciona de uma forma mais ativa», referiu, assinalando que “esta é uma escolha política, é uma escolha de preferência política”.

Para Pedro Passos Coelho, «o Estado que continuamente tem contas desequilibradas como uma empresa que tem continuamente contas desequilibradas dá mau resultado», pois «alguém deixa de receber salários, alguém deixa de fazer investimento, alguém deixa de ter despesa produtiva que devia porque não tem como a pagar».

«O Estado emagreceu e emagreceu consideravelmente em múltiplos aspetos, mas precisa ainda de emagrecer um bocadinho mais, embora agora de uma forma mais inteligente», adiantou.

Segundo o primeiro-ministro, «à pressão, há muitas medidas que são cegas», reconhecendo que quando se tem de emagrecer depressa «os remédios por vezes são mais cegos».

«Quando as coisas estão mal disciplinadas, podemos fazê-lo de uma forma mais inteligente e é isso que progressivamente iremos fazer com mais transparência», garantiu, sublinhando haver hoje «uma verdade orçamental» maior que no passado.

À chegada, o primeiro-ministro tinha à espera cerca de 40 manifestantes que gritavam palavras de ordem a exigir a demissão do Governo, num protesto de sindicatos filiados na CGTP.
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