"O Estado teria transformado o país num país de lesados do GES", disse, depois de na tarde de sábado, no Cadaval, ter recebido três dos cerca de dez clientes de papel comercial, que se manifestavam à porta do local onde Passos Coelho reuniu com associações de agricultores do Oeste.
Mas quando em Torres Vedras parecia insinuar tácitos silêncios, Passos Coelho queria afinal referir-se, de novo, à segurança social, tema batido desde a pré-campanha a partir do último frente-a-frente entre António Costa e Passos Coelho. "Nós já iremos hoje para o quinto dia sobre o debate e continuamos a não ter um esclarecimento do líder do maior partido da oposição quanto à forma como está a prever a introdução de condição de recursos para as prestações solidárias. Todos os dias temos chamado a atenção para esse problema e todos os dias há um silêncio que é, de facto, ensurdecedor", afirmou Pedro Passos Coelho, quando questionado especificamente sobre a que se referia no domingo à noite.
Sob o calor abrasador de Beja #paf #eleicoestvi24 Passos volta a atacar PS. Tema? Segurança social, mais uma vez pic.twitter.com/0bO7EcBIfa
— Judite França (@juditefranca) 21 setembro 2015
Confrontado com o facto de ter referido esses "silêncios ensurdecedores" num passo da sua intervenção em que estava a falar do BES e da necessidade de se acabar com privilégios, o candidato da coligação respondeu que estava a rematar uma intervenção sobre a "independência do Estado", nomeadamente dos grupos económicos, e sobre a importância das grandes reformas, sobretudo a da Segurança Social, e que o silêncio a que se referia "tem a ver com as duas coisas"