Passos nega aproveitamento político dos dados do desemprego - TVI

Passos nega aproveitamento político dos dados do desemprego

Passos Coelho (CARLOS BARROSO/LUSA)

“Não me parece que só haja razão para comentar os dados quando eles são maus”, defendeu primeiro-ministro

O primeiro-ministro refutou esta terça-feira as criticas da comissão de trabalhadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o alegado aproveitamento político dos dados sobre desemprego e lamentou que a oposição esteja sempre à espera de resultados negativos.

“Não me parece que só haja razão para comentar os dados quando eles são maus”, defendeu Pedro Passos Coelho, no Bombarral, recusando qualquer “aproveitamento político" na interpretação dos dados divulgados pelo INE relativamente ao desemprego.

O INE divulgou a semana passada que a taxa de desemprego foi de 12,4% em junho passado e reviu significativamente para baixo (0,8 pontos percentuais) a taxa estimada para maio. Os valores de maio provocaram mal-estar entre o Governo e o INE e chegaram ao debate político, depois de a primeira estimativa do desemprego de maio ter apontado para um aumento, ao passar para 13,2%, tendo afinal sido revisto esse valor para 12,4%, o mesmo que foi apurado para o mês de junho.

Na segunda-feira, a comissão de trabalhadores do INE acusou que está a ser feito um “aproveitamento político” dos dados sobre desemprego e alertou para “situações de interpretação abusiva” da informação devido ao aproximar de eleições.

Os dados do INE “são dados públicos, para serem usados publicamente e suponho que os dados que são públicos possam ser divulgados e comentados”, sublinhou Passos Coelho, questionado porque é que depois de durante tantos anos ter dado “a cara por tantas coisas negativas, porque é que agora não hei-me mostrar satisfação por os dados serem melhores”.

À margem do Festival Nacional do Vinho e da Feira Nacional da Pera Rocha, que hoje inaugurou no Bombarral, Passos Coelho aludiu ainda às críticas da oposição relativamente a este assunto, lamentando que “haja forças política que estejam sempre à espera de resultados negativos para poderem dizer que continuamos a viver muito mal quando as perspetivas tem vindo a melhorar significativamente”.
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