Passos pede ao ministro da Educação que reflita sobre “resultados muitíssimo bons” do PISA - TVI

Passos pede ao ministro da Educação que reflita sobre “resultados muitíssimo bons” do PISA

  • Redação
  • AM - Notícia atualizada às 17:57
  • 6 dez 2016, 15:12

Presidente do PSD pede ainda a Tiago Brandão Rodrigues que repense decisões que desfizeram ou reverteram políticas que permitiram este desempenho

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, pediu ao ministro da Educação que reflita sobre os "resultados muitíssimo bons" revelados pelos testes PISA e que repense decisões que desfizeram ou reverteram políticas que permitiram este desempenho.

À entrada para os Debates Francisco Sá Carneiro, em Lisboa, Pedro Passos Coelho foi questionado pelos jornalistas sobre os resultados hoje divulgados que dão conta que Portugal conseguiu pela primeira vez resultados "significativamente superiores" à média da OCDE nos testes PISA de literacia, ciências e leitura.

Espero que o senhor ministro da Educação reflita sobre estes resultados e repense algumas das decisões que já tomou porque os resultados que hoje conhecemos são de facto bastante bons e eu espero que pudessem continuar para futuro", apelou, considerando que estes resultados são "muitíssimo bons".

Na opinião do ex-primeiro-ministro, este relatório, que no essencial é relativo aos anos de 2012 a 2015, "vem mostrar que quando as políticas estão a apontar no sítio certo, quando se estabelecem metas curriculares mais claras e que possam ser atingíveis, quando se elava o grau de exigência no próprio ensino - seja na formação, seja na avaliação -, que isso acaba por ser positivo".

A única coisa que me preocupa é que uma parte das políticas que permitiram estes resultados estejam a ser ou desfeitas ou revertidas", lamentou, defendendo que "quando as políticas produzem bons resultados é porque devem ser boas e não devem ser revertidas".

Segundo Passos Coelho, "a própria OCDE reconhece que Portugal foi um dos países que mais progrediu desde que este trabalho foi iniciado, em 2000, e em especial neste período de análise, ente 2012 e 2015, quer na área da leitura, quer na área da matemática, quer na área das ciências", considerando que "a progressão do país foi extraordinária".

Nós melhorámos significativamente em todos estes indicadores e isso deixa-me muito satisfeito e acho que deixará com certeza o atual Governo, bem como todos os portugueses bastante satisfeitos".

CDS-PP lamenta reversões na educação

A deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa lastimou que o Governo socialista "tenha feito tábua rasa do trabalho das comunidades educativas" e a "exigência" ao reverter várias medidas do executivo PSD/CDS na área da educação.

Vimos lamentar profundamente que este Governo não tenha atendido a estes resultados e, de forma apressada, sem fundamento e com base em simples preconceito e reatividade, tenha revertido muitas das políticas que trazem hoje estes resultados a público".

Ana Rita Bessa elogiou o "esforço concertado no sentido da exigência: refletido nos currículos, na avaliação de professores e na avaliação externa no final dos ciclos".

"Parabéns aos alunos, professores e comunidades educativos por estes muito bons resultados, que provam que os alunos sabem mais e aplicar melhor o que aprenderam. Os resultados não só são bons em termos médios para Português, Matemática e Ciências, mas também melhoraram para outros grupos, quer o grupo de alunos com melhor desempenho, quer, essencialmente, o grupo de alunos com pior desempenho, o que significa que houve promoção da equidade no nosso sistema", disse.

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, mostrou-se já satisfeito com os resultados positivos de Portugal nos testes PISA em ciências, leitura e matemática, mas considerou que o país tem de melhorar nos níveis de retenção escolar.

O comissário europeu da Educação também destacou, em Bruxelas, o desempenho de Portugal nos testes PISA, apontando que se trata do único país da União Europeia que tem melhorado sempre desde 2000.

O PISA, na sigla em inglês, é um Programa Internacional de Avaliação de Alunos, em que Portugal participa desde 2000 e que se dirige aos alunos de 15 anos, entre o 7.º e o 12.º ano.

O principal domínio avaliado nesta edição foi a literacia científica e foi aquele em que Portugal mais se destacou, ao obter uma classificação de 501 pontos (459 pontos na edição do ano 2000, 468 em 2003 e 474 pontos em 2006).

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