"Pela primeira vez há um governo que vai entregar menos riqueza" - TVI

"Pela primeira vez há um governo que vai entregar menos riqueza"

Debate António Costa vs Pedro Passos Coelho (LUSA)

António Costa acusou o primeiro-ministro de não cumprir as promessas eleitorais

O candidato socialista às legislativas, António Costa, acusou o primeiro-ministro, e candidato da coligação PSD/CDS, de ser o primeiro governante da história a deixar o país com menos riqueza em relação ao Governo anterior.

No primeiro e único debate entre Passos Coelho e António Costa, transmitido pelos três canais generalistas em simultâneo, o candidato socialista acusou o primeiro-ministro de não cumprir as promessas eleitorais e de deixar o país com uma dívida maior, que devia ter reduzido.
 
“Passos Coelho não cumpriu no Governo aquilo que se comprometeu na campanha eleitoral. Aumentou os impostos, que tinha jurado não aumentar, e cortou nas pensões e salários, que tinha jurado não cortar. Na ação governativa falhou os dois objetivos que se tinha proposto. O primeiro objetivo era reduzir a dívida: não só não reduziu, como aumentou. Quanto ao segundo, repor a economia a crescer, Pedro Passos Coelho entra para a história como o chefe do primeiro governo que entrega o país com menos riqueza que aquela que recebeu”.

António Costa recorreu a número de Governos anteriores para ilustrar a queda no Produto Interno Bruto durante o mandato do atual Executivo, afirmando que até nos "anos difíceis" do Governo de Sócrates, o PIB cresceu 1,9%.

“Nos últimos 20 anos todos os Governos conseguiram ter ao longo do seu mandato um crescimento do PIB, o único que fracassou foi o dr. Passos Coelho. O eng. [António] Gueterres aumentou-o 25%, a dupla Durão Barroso/Pedro Santana Lopes ainda subiram 0,8, e mesmo nos tempos difíceis da última governação socialista (Governo de Sócrates), o PiB subiu 1,9. Nestes últimos quatro anos o PIB caiu 4%", disse.

“Pela primeira vez na história há um governo que vai entregar menos riqueza, em nome de quê? Da redução da dívida, que não reduziu", aumentou.

 
Passos Coelho admitiu que os últimos anos vieram acompanhados de vários problemas económicos, porém diz que o aumento da dívida ainda assim foi metade dos anos da governação socialista.

"Ninguém pode assumir que depois de termos passado pela crise mais severa de todo o período democrático que não tivéssemos desemprego como tivemos, crise económica e problemas de endividamento. Podemos comparar com situações mais favoráveis para governar - 2005 a 2011 - de 96 biliões de euros para 195 biliões, e desde que eu fui PM neste período em que o senhor diz, e muito bem, que o PIB caiu, a dívida cresceu 20 pontos percentuais, menos metade do que seis anos de governo PS."

O candidato do PS respondeu que sabe bem o que é herdar uma "dívida grande" e como resolver esse problema.
 
 "Eu sei bem o que é herdar uma dívida grande, quando cheguei à Câmara de Lisboa. E reduzi-a (...) o senhor Passos Coelho resolveu por razões puramente ideológicas ir além da troika".
 

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