"Prefiro perder as eleições do que ganhar de qualquer maneira" - TVI

"Prefiro perder as eleições do que ganhar de qualquer maneira"

Passos Coelho em pré-campanha em Espinho

Passos Coelho afirmou que há um ano todos achavam que a oposição ia ganhar e que agora os resultados "estão em aberto"

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou esta segunda-feira que prefere perder as eleições a "ganhar de qualquer maneira", referindo que há um ano todos achavam que a oposição ia ganhar e que agora os resultados "estão em aberto".

"Há um ano todos achavam que a oposição só podia ganhar as eleições e agora parece que o resultado está em aberto. Ter alguma humildade a olhar para as eleições não é uma abordagem errada", disse o líder da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) durante uma visita à empresa Comimba, do grupo Riberalves, que trabalha no setor do bacalhau.

Passos Coelho referiu que o mais importante é mostrar que as propostas da coligação são as melhores, afirmando que as eleições "não são o fim do mundo".

"É preferível olhar para o futuro com convicção que temos as propostas certas do que andar a correr atrás de foguetes e a prometer tudo e receitas a mais para ganhar as eleições e depois ter que amargar no dia a seguir. Prefiro perder as eleições do que ganhar de qualquer maneira e depois passar uma fatura demasiado cara aos portugueses."


O presidente social-democrata e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse ainda que não quer falar sobre sondagens, apesar de salientar que são um elementos que pode ajudar na campanha eleitoral.

Sobre um possível pedido de isenção de taxas dos lesados do BES, Passos Coelho defendeu que no país nenhum cidadão fica impedido de recorrer à justiça por questões económicas.

"Nós temos um regime de acesso ao direito que garante que ninguém, por razões económicas, deixa de recorrer aos tribunais. Todos os anos o Estado paga muitos milhões de euros para garantir o acesso de todos ao Direito", defendeu.

Durante a visita à empresa que se dedica ao setor do bacalhau e que tem cerca de 280 trabalhadores, com um volume de negócios de cerca de 145 milhões de euros, Passos Coelho salientou a importância de se cumprirem as quotas no pescado, como o caso da sardinha.

Depois da visita à empresa localizada na Moita, Passos Coelho deslocou-se ao Seixal para visitar a Siderurgia Nacional, sempre acompanhado pela cabeça de lista da coligação no distrito de Setúbal, Maria Luís Albuquerque.

 
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