Afeganistão: Portugal comparticipa esforço financeiro da Nato além de 2014 - TVI

Afeganistão: Portugal comparticipa esforço financeiro da Nato além de 2014

Pedro Passos Coelho (LUSA)

Garantia de Passos Coelho, no final da Cimeira da Nato em Chicago

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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou esta segunda-feira que Portugal vai comparticipar no esforço financeiro da Nato para assegurar a operacionalidade das Forças Armadas do Afeganistão para além de 2014.

Passos Coelho falava na conclusão da Cimeira da Nato (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em Chicago, Illinois, na qual os líderes dos países aliados «estabeleceram uma ponte direta com as conclusões da cimeira de Lisboa», em particular com o plano de transição no Afeganistão, a concluir até final de 2014.

«Portugal tem estado disponível para no pós-2014 ajudar também, de acordo com suas possibilidades, para dar também uma comparticipação financeira para o esforço que tem de ser prosseguido pelas forças afegãs», afirmou o primeiro-ministro, sublinhando que os montantes de apoio ainda serão objeto de negociação.

A Nato estima em 4.000 milhões de dólares (3.122 milhões de euros) por ano o montante necessário para apoiar as Forças Armadas afegãs.

Deste total, os Estados Unidos deverão suportar metade e o governo afegão perto de 500 milhões de dólares (390 milhões de euros), devendo o resto ser repartido pelos aliados e outros parceiros internacionais, em particular países do Médio Oriente.

Atualmente, a participação de militares portugueses na missão internacional no Afeganistão (ISAF) custa perto de 20 milhões de euros por ano a Portugal, um montante que irá manter-se até ao final do período de transição, apesar de ser um «esforço considerável».

«Toda a redução que foi feita na nossa representação externa em matéria militar atingiu quase 30 por cento do orçamento global previsto. E entendemos que no quadro da Nato era muito importante que o esforço de Portugal face ao que foi o compromisso assumido com outros aliados não fosse beliscado», disse Passos Coelho.

O primeiro-ministro adiantou que «a participação dos militares portugueses tem sido extremamente apreciada e elogiada nesse contexto» e sublinhou que «isso é bastante importante» para Portugal.
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