Ministro da Saúde responde a críticas de Seguro

O ministro da Saúde refutou esta quinta-feira as críticas do secretário-geral do Partido Socialista de que o Governo está a afastar os portugueses do Serviço Nacional de Saúde, afirmando que este ano a resposta dada aos cidadãos foi superior.

«A realidade desmente totalmente isso. O número de consultas aumentou em janeiro, ao contrário do que foi dito. As urgências aumentaram claramente em fevereiro, os hospitais tiveram capacidade, com esforço, para acolher as pessoas que acorreram em massa às urgências e houve um internamento sem paralelo, designadamente de pessoas idosas, nos nossos hospitais», afirmou o Paulo Macedo.

À margem da sessão de abertura do 29.º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar, realizada em Vilamoura, o ministro acrescentou que «houve uma capacidade de resposta concreta do Serviço Nacional de Saúde a um pico anormal de gripe», mostrando que este «acolheu as pessoas que

necessitaram».

O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou hoje o Governo de estar «a afastar os portugueses dos cuidados de saúde», o que se terá materializado na concessão de menos 150.000 consultas em janeiro do que no mesmo mês de 2011.

Falando aos jornalistas no final de um conjunto de visitas a unidades de saúde do Algarve, realizadas na quarta-feira e hoje, António José Seguro destacou que faltam cerca de 100 médicos na região e há 130.000 residentes sem médico de família.

Sobre este ponto, Paulo Macedo afirmou que o Executivo «prevê que todas as famílias tenham um médico até ao final da legislatura», frisando que esta «foi uma promessa concreta do Governo» e através do trabalho realizado está hoje «mais convicto disso».

«Achamos que existem condições objetivas para, aumentando o número de vagas para esta especialidade e as Unidades de Saúde Familiar e revendo a lista de utentes, este desiderato ser atingido», afirmou o governante.

O ministro disse ainda que o Governo prevê aumentar o número de vagas para a admissão de novos médicos, de forma a ajudar a colmatar a necessidades do Serviço Nacional de Saúde.