Marques Guedes diz que Portas é «líder do principal partido da oposição» - TVI

Marques Guedes diz que Portas é «líder do principal partido da oposição»

Marques Guedes (Lusa)

Lapso do Ministro da Presidência

Terá sido um lapso, mas que não foi corrigido. O ministro da Presidência chamou a Paulo Portas «líder do principal partido da oposição». Declarações a propósito da última reunião do Conselho de Ministros, afirmando que a posição do Governo sobre a contribuição de sustentabilidade «tem sido sempre a mesma» e que a comunicação social tem sido envolvida «em algumas tricas» que geram «especulação».

Em declarações no final de uma visita às obras de melhoramento do Estádio Nacional, em Oeiras, Marques Guedes defendeu que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, tiveram sempre a mesma posição sobre o assunto, apelidando, por lapso, o presidente do CDS-PP de «líder do principal partido da oposição».

«Eu acho que há aqui uma mistificação muito grande por parte de alguma comunicação social em torno desta matéria, a posição do Governo desde o princípio tem sido a mesma, conforme foi dito quer pelo senhor primeiro-ministro, quer pelo líder do principal partido da oposição e que faz parte da coligação de Governo, doutor Paulo Portas, nas comunicações que fizeram já há uns dez dias atrás», frisou.

Já questionado sobre o Conselho de Estado convocado pelo Presidente da República para a próxima semana, Marques Guedes respondeu não querer comentar assuntos de um órgão a que não pertence, mas disse que o chefe de Estado «deve reunir sempre que as situações o aconselhem».

«Se [o Presidente] assim o determinou é porque entende que há razões, e seguramente que há, nomeadamente tanto quanto vi pela comunicação social tem que ver com o posicionamento de Portugal e a preparação do futuro pós-'troika' e pós-programa de ajustamento, é evidente que um órgão tão importante deve também dar o seu contributo para aquilo que o país tem de atempadamente começar a trabalhar e a programar», acrescentou.

Para o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares não houve «qualquer tipo de recuo» dentro do executivo sobre a chamada ¿TSU dos pensionistas¿: «A minha opinião é que a posição defendida pelo Governo desde o primeiro momento tem sido sempre a mesma, tem havido é uma especulação e algumas tricas em que a comunicação social é envolvida depois».

«Essencialmente, se for verificar o que foi a declaração do primeiro-ministro e a declaração seguida do presidente do CDS-PP, o doutor Paulo Portas, elas vão exatamente no mesmo sentido, desde o primeiro momento», acrescentou.

Marques Guedes referiu que o Governo «apresentou um conjunto de propostas abertas ao consenso nacional, também desde o primeiro momento foi dito, algumas delas o Governo desejará que possam ter que não ser aplicadas».

«Há umas que obviamente o Governo tudo fará e tudo está a fazer para que não tenham de ser aplicadas, atendendo ao peso do sacrifício que elas representam para os portugueses, na certeza no entanto que, e os portugueses já interiorizaram isso, seja com estas ou com outras medidas, temos mesmo de fazer um esforço de por as nossas contas em dia», afirmou.
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