Portas e a volta de 5 minutos à feira vazia

Paulo Portas é um reconhecido especialista em feiras. O líder do CDS-PP gosta de distribuir beijinhos e abraços, de experimentar um ou outro chapéu mais ousado e de ouvir as queixas do povo. No entanto, esta segunda-feira, em Mondim de Basto, o seu tradicional atraso trouxe-lhe uma feira... vazia.

Pouco passava das 12h30 quando Portas chegou à vila no sopé da Senhora da Graça, mais conhecida pela famosa Volta a Portugal em ciclismo do que propriamente pelas campanhas eleitorais. No café da esquina, já se avisava que «a esta hora já não está ninguém na feira».

Ainda assim, o democrata-cristão fez questão de dar uma volta de cinco minutos pela feira de Mondim de Basto, cumprimentando os poucos feirantes presentes e ouvindo algumas palavras de incentivo. «Calma que eu já vi isto pior...», dizia um homem.

«Está gente ali em cima?», perguntava Portas, à procura de mais eleitores. Talvez por causa do calor, era na tasca que havia uma maior concentração de mondinenses. E o líder do CDS lá lhes fez o favor e bebeu uma malga de vinho, a segunda em apenas dois dias de campanha.

Insultos ficam sem resposta

Paulo Portas não respondeu directamente às palavras dos sociais-democratas Luís Filipe Menezes e Fernando Costa, mas prometeu não responder a nenhum «insulto» durante toda a campanha.

«Sigo à letra o que o Presidente da República pediu: contenção e elevação. Nenhum insulto terá resposta minha. Farei uma campanha construtiva e pela positiva», afirmou aos jornalistas.

O líder do CDS acrescentou que as suas palavras «valem para todos» os adversários. «Ninguém me verá baixar o nível nesta campanha», frisou.

Em relação às palavras de José Sócrates, que respondeu «com certeza» quando questionado se aceitaria Passos Coelho e Portas para ministros, o democrata-cristão reforçou o que já tinha escrito no Facebook: «Sócrates já está a remodelar o Governo dele ainda o povo não votou. Mas parece-me que é o povo que vai remodelar José Sócrates...»