Portas «mata o bicho» da agricultura para a campanha correr melhor - TVI

Portas «mata o bicho» da agricultura para a campanha correr melhor

Líder do CDS esteve no Gerês para chamar a atenção para o mundo rural. Mas não diz se quer ser ministro do sector

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A campanha começou a sério. E, para Paulo Portas, nada melhor do que um pontapé de saída no campo. O Parque Nacional da Peneda-Gerês foi o local escolhido para o arranque oficial da campanha do CDS, com o seu líder a descartar, para já, escolher uma eventual pasta no futuro Governo.

À chegada, Portas foi recebido com... rosas, mas nem por isso deixou de dançar e tocar pandeireta com o rancho foclórico «Estrela do Norte», de Gondoriz.

À sua espera estava Daniel Campelo, o célebre ex-deputado do queijo Limiano, que noutros tempos foi suspenso do partido. «Vamos lá tomar um pequeno-almoço do campo», disse para Portas. O queijo, esse, ficou de fora do menu. «Não é típico», explicou o ex-autarca de Ponte de Lima.

O chamado «mata-bicho» estava posto na mesa: carne, vinho, presunto, broa e pataniscas logo às 10 da manhã. Paulo Portas e Campelo selaram as pazes com um brinde e conversaram sobre a necessidade de povoar o parque. «Se desaparecem as pessoas do parque, depois ninguém trata dele», defendeu o líder democrata-cristão.

O ar puro do campo deu a Portas o mote para o resto do dia: «Vão ver que a campanha até me vai correr melhor». E deu o mote aos jornalistas para a pergunta do costume: quererá Paulo Portas ser ministro da Agricultura? «Os Governos não se fazem antes dos eleitores votarem. Humildade, humildade, humildade», respondeu apenas.

É notório o à-vontade com que o líder do CDS-PP se mexe no mundo rural. Sujou os pés, sujou as mãos ao plantar uma árvore, experimentou um chapéu do rancho e prometeu ser «o garante» do sector nestas eleições.

«Os agricultores sabem quem os defendeu, quem os esqueceu e quem os hostilizou», avisou, defendendo uma política agrícola «coerente, forte e determinada» e a simplificação do PRODER.

O CDS pretende «valorizar a agricultura» para combater o endividamento do país. «Só se consegue ultrapassar a dívida se se produzir mais, exportar mais e depender menos das importações», afirmou.

Portas mostrou-se ainda contra qualquer corte orçamental na prevenção dos incêndios.
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