O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou esta quarta-feira «uma vergonha» que os dois maiores partidos políticos mantenham a situação de atraso na eleição do novo provedor de Justiça, noticia a Lusa.
«É uma vergonha que os dois partidos sujeitem o [actual] provedor de Justiça» a esta situação de ter o seu mandato terminado e já ter transmitido que quer deixar o cargo, mas a eleição continuar a ser adiada, referiu.
Paulo Portas, que falava aos jornalistas depois de uma reunião com o secretário-geral da UGT, João Proença, salientou a «pouca consideração pela instituição» da parte do PS e do PSD, ao permitirem que «tudo continue como está».
Na terça-feira, o provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, escreveu à Assembleia da República manifestando desagrado pelo atraso na eleição do seu sucessor e considerando a situação «demasiado prolongada, insustentável e desprestigiante».
A carta foi lida pelo Presidente da Assembleia da República Jaime Gama na conferência dos líderes parlamentares.
«Não há condições institucionais»
De acordo com a porta-voz da conferência de líderes, Celeste Correia, na missiva Nascimento Rodrigues refere que «não há condições institucionais para prolongar» esta situação, que se arrasta desde Junho, altura em que o Provedor de Justiça completou os quatro anos de mandato.
A primeira eleição do sucessor de Nascimento Rodrigues esteve marcada para Julho, mas foi sendo sucessivamente adiada porque PS e PSD não se entendem quanto a quem cabe propor o novo titular do cargo.
Provedor de Justiça: Portas diz que atraso é «uma vergonha»
- Redação
- HB
- 4 mar 2009, 16:29
Líder popular acusa PS e PSD por eleição ainda não se ter realizado
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