Na audição na Comissão Parlamentar de Economia, a deputada bloquista já tinha inquirido Paulo Portas sobre quantos postos de trabalho criou o investimento estrangeiro proveniente do programa de vistos gold e o membro do Governo questionou se «é a Remax ou o Bloco de Esquerda» que cria mais emprego.
Cecília Honório afirmou ainda que Paulo Portas devia «ser mais humilde» em reconhecer que «houve problemas», em vez «de estar sempre a valorizar o programa de vistos gold».
«O problema não é de estrutura, mas sim de execução», disse a deputada.
Sem nunca referir dados, Portas referiu que foi criado emprego na construção e no imobiliário com os vistos gold e afirmou que «é uma arrogância dizer que isso não são postos de trabalho».
«Não lhe chamei nem arrogante, nem atribui quaisquer complexos de superioridade. Tratei-o com todo o respeito. Enfim, ouvi uma lição de moral», respondeu depois Cecília Honório.
Na sua última intervenção, Paulo Portas afirmou que tem «humildade», dizendo que aprendeu com Adriano Moreira que a «humildade é ter a capacidade de admitir que outros podem ter razão».
Na audição da Comissão Parlamentar da Economia ao vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, a deputada bloquista afirmou que «o que se passou é grave» e que o governante, «como criador da medida» de atribuição de vistos dourados, «devia tirar responsabilidades políticas».
Paulo Portas negou que não tenha a humildade de «reconhecer a razão na outra parte» e voltou a frisar que o programa de atribuição de visto de residência mediante investimento pode ser «melhorado e aperfeiçoado».