O PSD tem eleições internas marcadas para 4 de dezembro, data em que Rui Rio e Paulo Rangel vão a votos para que se escolha o próximo presidente do partido.
Em entrevista à TVI, o presidente incumbente do PSD diz que "não há nenhum adiamento das eleições", defendendo legitimidade para liderar o partido na altura das eleições.
O Congresso do PSD, se for feito na data normal, é em fevereiro. Eu tenho mandato até fevereiro. Ninguém está a querer adiar nada nem suspender a democracia", acrescentou.
Questionado diretamente sobre as intenções em relação ao PSD, Rui Rio diz que o que quer é "ganhar as eleições ao PS", até porque, se não fosse esse o caso, não se candidataria às diretas sociais-democratas.
Dessa forma, o presidente do PSD pede um partido "unido e focado" na vitória a 30 de janeiro, referindo que o PSD "perdeu outubro", lembrando a vitória autárquica em Lisboa, que galvanizou as hostes laranjas.
O PSD vai perder, se tiver eleições internas, o mês de novembro todo, enquanto o PS e os outros partidos vão andar a fazer campanha. A seguir vai perder o mês de dezembro todo até ao Natal. Isto significa que o PSD está apto para as eleições de 30 de janeiro a 2 de janeiro", afirmou.
Sobre a importância das diretas, e confrontado com a escolha dos militantes do PSD de qual será o candidato a primeiro-ministro, voltando a pedir união no partido: "Devíamos estar todos unidos para derrota o PS no dia 30".
Voltando a agulha para as eleições legislativas, Rui Rio pede um "interesse coletivo do partido" para "tentar substituir um governo socialista encostado à esquerda".
Naquelas que podem ser as segundas eleições legislativas como líder dos sociais-democratas, Rui Rio não tem dúvidas: "Ou eu sou primeiro-ministro ou é a última eleição da minha vida".
Quanto mais tumulto houver nos partidos adversários do PS, mais beneficia o PS", acrescentou.