Secretas: PSD quer «ouvir» Pedro Silva Pereira - TVI

Secretas: PSD quer «ouvir» Pedro Silva Pereira

Paulo Rangel (PSD)

Paulo Rangel quer que ministro da Presidência esclareça questão das listas de elementos dos serviços secretos militares

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O líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, disse esta segunda-feira em Bruxelas que vai requerer a audição do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, para esclarecer a questão das listas de elementos dos serviços secretos militares, escreve a lusa.

Paulo Rangel justificou o requerimento com o facto de se tratar de uma «matéria extremamente delicada e grave», que deve ser esclarecida pelo ministro e não pelo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, acrescentando que as declarações prestadas por Jorge Lacão «não esclareceram nada».

«Apuramento de responsabilidades»

Jorge Lacão negou sábado a existência de acesso indiscriminado à lista com a identificação de elementos dos serviços secretos militares no sistema informático, embora admitindo que «a situação é delicada e exige apuramento de responsabilidades».

Segundo o secretário de Estado, «não é verdade que a lista contendo nomes de elementos de um serviço de informações estaria a circular de forma aberta, acessível e indiscriminada porque a lista terá entrado num sistema de acesso restrito» a apenas alguns funcionários.

Segundo o jornal Público, a situação foi criada depois de o director-geral dos Serviços de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), Jorge Silva Carvalho, ter feito um pedido «não classificado», em Agosto de 2008, à Presidência do Conselho de Ministros de cartões de livre-trânsito para todos os dirigentes daquela «secreta».

Essas identificações acabaram por ser emitidas pelo secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira.

O que falta explicar

Paulo Rangel, que se encontra em Bruxelas para participar numa reunião de líderes parlamentares do Partido Popular Europeu (PPE), apontou que há várias questões por explicar, desde os livres-trânsito ao facto de um serviço de informações ter pedido à Presidência do Conselho de Ministros «uma coisa que a Presidência do Conselho não lhe podia dar», por não ser a entidade própria, algo que deveria ser do conhecimento dos serviços de informação.

Por isso mesmo, o PSD também vai questionar o Conselho de Fiscalização do SIRP, presidido pelo deputado Marques Junior, e se este não der esclarecimentos suficientes os sociais-democratas admitem chamar o director do SIRP, indicou ainda Paulo Rangel.

«O PSD está extremamente preocupado com questões altamente sensíveis para o Estado de Direito», sublinhou.
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