Jerónimo acusa Sócrates de deixar a banca mandar no país - TVI

Jerónimo acusa Sócrates de deixar a banca mandar no país

Secretário-geral do PCP acusa Sócrates de tentar esconder as causas da crise

O secretário-geral do PCP acusou, este sábado, o primeiro-ministro de tentar esconder as causas da crise que provocou o pedido de ajuda externa e de permitir que seja a banca a mandar no país.

«A banca manda e o Governo obedece. PS, PSD e CDS-PP ajoelham. Assim tem sido e assim foi nesta vergonhosa opção [de pedido de ajuda externa]. A grave crise financeira que o país atravessa tem causas que o governo quer esconder», disse Jerónimo de Sousa durante um comício que encheu este sábado à tarde a Rua Augusta, em Lisboa.

O líder comunista adiantou: «tentando apresentar um pedido de ingerência externa como mais uma inevitabilidade, o governo do PS de José Sócrates tenta esconder a realidade e fugir quer das causas quer das consequências desta intervenção».

Para o secretário-geral do PCP, as causas da crise que o primeiro-ministro tenta «esconder», estão, por exemplo, na «continuada política de direita», na falta de condições e de «viabilidade das empresas» e na desigualdade na distribuição da riqueza.

Jerónimo de Sousa acusou o PS, o PSD, o CDS-PP e o Presidente da República de darem seguimento «às orientações do grande capital europeu» e da banca, contra os interesses dos portugueses.

«Bastou que os banqueiros aparecessem a exigir o recurso à ajuda externa para que em menos de 24 horas o governo de José Sócrates, com o apoio imediato do PSD, enrolasse a corda do discurso hipócrita em prol da soberania nacional», disse, adiantando que a maior parte da dívida do país é dos privados, na sua maioria da banca.

O líder comunista considerou ainda que, assim como «o primeiro-ministro não quis falar das causas da situação em que o país se encontra, muito menos falou das consequências da ingerência externa que decidiu pedir».
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