Jerónimo de Sousa: "Portugal tem de recuperar a soberania, incluindo a monetária” - TVI

Jerónimo de Sousa: "Portugal tem de recuperar a soberania, incluindo a monetária”

Jerónimo de Sousa

Secretário-geral do PCP culpa presidentes do Eurogrupo e do e do Mecanismo Europeu de Estabilidade pela subida das taxas de juro

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou esta sexta-feira os presidentes do Eurogrupo e do Mecanismo Europeu de Estabilidade de estimularem a especulação dos mercados e a subida das taxas de juro.

“A razão está na especulação. Os especuladores sentem as costas quentes e sentem-se estimulados pelas declarações contínuas e verrinosos ditotes do presidente do Eurogrupo [Jeroen Dijsselbloem] e do presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade [Klaus Regling], dois capatazes do intratável ministro das Finanças do governo alemão”, afirmou Jerónimo de Sousa durante a apresentação da candidatura de Ilda Figueiredo à Câmara do Porto.

O secretário-geral do PCP destacou que “nunca como agora o défice das contas públicas foi tão baixo” pelo que, graças aos resultados conseguidos na economia nacional, “seria de esperar” que as taxas de juro nos mercados fossem “mais favoráveis” ao país.

“Apesar se ter cumprido o défice, apesar de ter um saldo primário como nunca teve, aqueles senhores repetem publicamente que Portugal tem de avançar com reformas”, criticou Jerónimo de Sousa, para quem é isso mesmo “que os especuladores querem ouvir, para assim terem a justificação para aumentarem as taxas de juro no chamado mercado secundário e criarem sérias dificuldades ao financiamento do país”.

O comunista lamentou que, “face a estas declarações insidiosas”, não se ouça “da parte de uma certa direita” qualquer indignação e considerou que “os comentadores de direita” partilham da mesma opinião que o ministro das Finanças alemão.

Tudo isto só mostra que Portugal tem de recuperar a sua soberania, incluindo a monetária”, defendeu o líder do PCP, destacando mais uma vez a necessidade de “colocar em cima da mesa a questão da renegociação da dívida” e “a questão do Euro” para recuperar instrumentos “indispensáveis” que permitam resolver os problemas do país, como o desemprego, a precariedade, os baixos salários e baixas reformas.

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