Novo Governo "está condenado", diz Jerónimo de Sousa - TVI

Novo Governo "está condenado", diz Jerónimo de Sousa

Secretário-geral do PCP referiu que "é inaceitável" que o Presidente da República limite "quem pode ou não pode" exercer funções e responsabilidades governativas

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou que novo Governo "está condenado e não passará", referindo que existe uma maioria de deputados para assegurar uma "solução duradoura".

"No que ao PCP diz respeito, este é um Governo condenado, um Governo que não passará, que soçobrará na Assembleia da República com a aprovação de uma moção de rejeição ao programa que venha a ser apresentado pelo Governo que tomou posse", disse durante um comício que decorreu no Barreiro.

Jerónimo de Sousa, que falou para uma sala cheia, não poupou críticas ao Presidente da República, considerando que Cavaco Silva "usou as suas funções para resgatar" PSD e CDS da "expressiva derrota a que foram condenados".

O secretário-geral do PCP, que esteve acompanhado por Edgar Silva, candidato à Presidência da República, referiu que "é inaceitável" que o Presidente da República limite "quem pode ou não pode" exercer funções e responsabilidades governativas.

"Não querem aceitar a nova realidade de hoje. Não querem aceitar que não há outra saída que não a de respeitar a vontade da maioria que existe na Assembleia da República e que recusa a continuação de um governo do PSD/CDS", afirmou.


O líder do PCP disse ainda que as soluções a considerar "não se confinam à composição do Governo", mas sim à necessidade de se encontrarem novas políticas.

Jerónimo de Sousa explicou que o partido está a trabalhar para procurar "respostas e soluções" que ajudem a dar uma vida melhor aos trabalhadores e ao povo.

"A evolução da situação confirma três factos. O PSD e CDS em minoria não têm condições para formar Governo e aprovar o seu programa, há uma maioria de deputados que constituem condição bastante para a formação de um Governo de iniciativa do PS, que permite a apresentação do programa e a sua entrada em funções para a adoção de uma política que assegure uma solução duradoura e há condições para dar resposta a urgentes problemas e aspirações dos trabalhadores e de vastas camadas da população", salientou.
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