Palavras de Passos e Portas “não são para ser levadas a sério” - TVI

Palavras de Passos e Portas “não são para ser levadas a sério”

Líder parlamentar comunista, as medidas apresentadas por PSD e CDS não devem “ser sequer consideradas como verdadeiros objetivos destes dois partidos que têm apoiado o Governo nos últimos quatro anos”

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O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, afirmou hoje que as declarações dos líderes da coligação PSD/CDS na apresentação do programa eleitoral para as legislativas “não são para ser levadas a sério pelos portugueses”.
 

“A forma como os responsáveis pelo atual Governo [Pedro Passos Coelho e Paulo Portas] contradizem aquilo que tem sido a sua prática de quatro anos, como procuram esconder os seus verdadeiros compromissos e aquilo que pretendem para o país não pode obviamente conduzir a que estas palavras sejam encaradas pelos portugueses de forma séria”, afirmou João Oliveira aos jornalistas na Assembleia da República após a apresentação do programa eleitoral da coligação Portugal à Frente.


Para o líder parlamentar comunista, as medidas apresentadas por PSD e CDS não devem “ser sequer consideradas como verdadeiros objetivos destes dois partidos que têm apoiado o Governo nos últimos quatro anos”, já que “a prática recente do Governo relativamente a algumas destas questões que foram hoje referidas nesta declaração de apresentação do programa eleitoral, contradiz as próprias intenções que são afirmadas”.

“Paulo Portas atreveu-se inclusivamente a vangloriar-se como grande conquista do Governo o fim dos cortes nas pensões”, afirmou João Oliveira, acrescentando que “é preciso lembrar que foi o Tribunal Constitucional que proibiu o Governo de impor os cortes permanentes nas pensões acima de mil euros que o Governo aprovou na chamada convergência de pensões com a contribuição de sustentabilidade”.


“Os verdadeiros compromissos do PSD e do CDS”, na opinião do deputado do PCP, “são com os cortes dos 600 milhões nas pensões, são com os cortes nos salários até 2019, são com a privatização da segurança social por via do plafonamento, onde de resto convergem com o Partido Socialista, são com a descapitalização da segurança social com a redução das contribuições”.

O dirigente comunista continuou as críticas ao programa eleitoral da coligação Portugal à Frente afirmando que “os verdadeiros compromissos do PSD e do CDS são com a redução dos impostos sobre os lucros das grandes empresas, ao mesmo tempo que esmagam com impostos os empresários da restauração, por exemplo”.
 

“Certamente com o detalhe do programa eleitoral do PSD e do CDS encontraremos muitas daquelas medidas que refletem os compromissos do PSD e do CDS como a privatização na saúde e na educação, nomeadamente financiando escolas, hospitais e clínicas privadas com dinheiro do Orçamento do Estado, dinheiro dos impostos de todos os portugueses”, sublinhou.


 
 
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