PSD e CDS-PP com «cariz xenófobo» - TVI

PSD e CDS-PP com «cariz xenófobo»

Jerónimo de Sousa (PCP)

Jerónimo de Sousa propõe fim do «sistema de quotas constante da lei de estrangeiros»

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu, esta sexta-feira, o fim do «sistema de quotas constante da lei de estrangeiros» e a adopção de «critérios mais flexíveis de entrada em Portugal» como forma de combater a imigração ilegal, segundo informações da Lusa.

Na sua intervenção, numa sessão pública promovida pelo Partido para assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, Jerónimo de Sousa acusou ainda dirigentes do PSD e CDS-PP de proferirem nas últimas semanas afirmações de «cariz xenófobo».

«Quem ouviu o que disseram os principais dirigentes do PSD e CDS-PP nestes últimos quinze dias não pode deixar de se indignar pelo cariz xenófobo das suas afirmações», afirmou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do Partido Comunista Português acusou a «direita mais retrógrada» na Europa e em Portugal de procurar «uma base social, política e eleitoral de apoio a partir de um discurso racista, de culpabilização dos imigrantes por tudo ou quase tudo o que de mau sucede na sociedade e que tem a complacência e, em muitos casos, a conivência dos partidos da social democracia».

Jerónimo de Sousa fez ainda referência à diáspora portuguesa para sublinhar que os portugueses estão «bem colocados para compreender e apoiar» os imigrantes e lembrou «as discriminações humilhantes que tantos portugueses sentiram e sentem ainda em muitos dos países para onde emigram».

«No entanto, não foi essa a principal característica das políticas adoptadas em Portugal ao longo de muitos anos, fortemente restritivas e marcadas por práticas policiais gravosas para os imigrantes que foram um bloqueio à imigração legal e acabaram por promover o crescimento da imigração ilegal com consequências sociais e humanas muito negativas para vida dos imigrantes», contrapôs.

O secretário-geral do PCP defende novas medidas para superar «as insuficiências da Lei da Imigração e da Lei da Nacionalidade» e uma «maior e melhor intervenção da Inspecção-geral do Trabalho» para combater o trabalho clandestino.
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