"Queriam calar-nos, não o conseguiram". Jerónimo de Sousa discursou no encerramento do Avante! - TVI

"Queriam calar-nos, não o conseguiram". Jerónimo de Sousa discursou no encerramento do Avante!

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  • 6 set 2020, 19:22

Secretário-geral do PCP discursou no comício de encerramento da 44.ª edição da festa comunista

O líder comunista, Jerónimo de Sousa, disse este domingo que “não vale a pena sentenciar que o PCP não conta”, sublinhando que o partido “conta muito e decisivamente” para defender os interesses dos portugueses.

O secretário-geral do PCP discursava no comício de encerramento dos três dias da 44.ª edição da Festa do “Avante!”, no Seixal (distrito de Setúbal), num ano em que o evento político-cultural do PCP foi muito restringido pelas regras sanitárias devido à pandemia de covid-19.

Perante uma plateia bem composta, mesmo atendendo às restrições impostas, o líder comunista afirmou que o partido não se deixou abater pelas críticas: "Queriam calar-nos, não o conseguiram".

A dimensão dos problemas exige outra resposta. O PCP está à altura das suas responsabilidades, do seu papel e dos seus compromissos com os interesses dos trabalhadores e do povo. Não vale a pena uns virem agitar com ameaças de crise política. O que se impõe é aproveitar todos os instrumentos para não permitir que os trabalhadores e o povo vejam a sua vida mergulhada numa crise diária”, afirmou.

Segundo o secretário-geral comunista, “não vale a pena apressarem-se, outros, a sentenciar que o PCP não conta, que estaria de fora das soluções de que o país precisa”, pois “se há prova que o PCP já fez é que conta, conta muito e decisivamente, como nenhum outro, para assegurar avanços no interesse das classes e camadas populares”.

As políticas que se avançam ou estão em curso não dão resposta aos problemas do presente, nem aos problemas do futuro do país. Vimos isso no chamado Programa de Estabilização Económica e Social e na proposta do Governo de Orçamento Suplementar que o suportava, onde se revelou, sobretudo, por uma clara opção pelo favorecimento dos interesses do capital para quem se canalizam milhões e milhões de euros”, continuou.

O líder comunista referiu que “não há solução para os problemas nacionais nem resposta aos interesses dos trabalhadores e do povo com as opções do Governo PS”, tal como acontece como os “projetos reacionários” do PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega.

Perante as dificuldades que o país enfrenta, Jerónimo de Sousa prometeu que o partido “não faltará, como nunca faltou, a nenhuma solução que dê resposta aos problemas, não desperdiçará nenhuma oportunidade para garantir direitos e melhores condições de vida”.

Segundo o representante, é no concreto e não em meras palavras de intenções que tem de assentar a avaliação do que precisa ser feito”, prometeu.

Antes do líder, dirigiram-se à multidão o membro da comissão política da direção nacional da Juventude Comunista Portuguesa Afonso Sabença e o membro da comissão política do Comité Central do PCP e diretor do jornal “Avante!” Manuel Rodrigues.

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