Marinho e Pinto vai fazer «strip tease» do seu vencimento - TVI

Marinho e Pinto vai fazer «strip tease» do seu vencimento

Marinho e Pinto (Lusa)

Eurodeputado quer mostrar que não tem «nada a esconder do povo português», e que vai mostrar os seus vencimentos, algo que «outros se recusam a fazer»

António Marinho e Pinto, fundador do Partido Democrático Republicano (PDR), anunciou, este domingo, em Coimbra, que vai fazer um «strip tease» dos seus vencimentos enquanto eurodeputado, que «outros se recusam a fazer».

Ainda esta semana, Marinho e Pinto vai divulgar «todos os recibos de vencimento emitidos» enquanto eurodeputado no site do PDR, avançou, sublinhando que fará «com muito gosto um strip tease que outros se recusam a fazer».

«Não tenho nada a esconder do povo português. Irei fazer o strip tease que o pudor de alguns os impede de fazer», salientou, defendendo a transparência, assim como «a absoluta exclusividade», no exercício de funções de titulares dos órgãos de soberania.

No último debate quinzenal no parlamento, no final de setembro, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse recusar fazer o "stripe tease" das suas contas bancárias, quando desafiado pelo então secretário-geral do PS, António José Seguro, a autorizar o levantamento do sigilo bancário a propósito do caso Tecnoforma.

António Marinho e Pinto falava durante a apresentação do PDR, que decorreu hoje à tarde na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, onde divulgou os princípios do partido, que assentam em «Liberdade, Justiça e Solidariedade».

O fundador do PDR asseverou que se tem de «refundar a República e fazer um novo 25 de Abril, sem chaimites e sem armas».

«Podemos fazer um novo 25 de Abril sem os excessos do passado», disse, através da «arma do voto».

«Os problemas da democracia resolvem-se sempre com mais democracia», comentou, considerando que, caso não haja mudanças, o país trilha um «caminho de suicídio coletivo».

Segundo Marinho e Pinto, deve-se «reformar o Estado sem prejudicar as suas funções reguladoras e sociais», considerando que se tem de «pôr termo ao monopólio» dos partidos políticos, devendo haver abertura da «política ao cidadão».

«Qualquer cidadão deve poder candidatar-se autonomamente a qualquer cargo público, sem ter a dependência de um partido político», frisou.

O também antigo bastonário da Ordem dos Advogados realçou a necessidade de os deputados serem «autónomos e independentes»  do seu partido, referindo que estes celebram «compromissos com o cidadão e não com o partido».

«Antes das eleições, os deputados passeiam-se pelo país a prometer tudo aos eleitores. Mas uma vez eleitos esquecem-se dos compromissos que celebraram com quem os elegeu», disse, criticando também os partidos que «se isentam a si próprios de impostos mas que impõem impostos que esmagam cidadãos e empresas».

Sobre o sistema político, o fundador do PDR criticou ainda os valores das subvenções que os partidos recebem por voto, por considerar que «não é o Estado que tem de garantir a sobrevivência dos partidos, para que não se tornem parasitas do Estado».
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