O líder do Partido Comunista criticou esta quarta-feira, durante a discussão e votação do Programa de Estabilidade e Crescimento para 2011-2014 (PEC 4), tanto o Executivo, classificando de pouco corajoso, como o PSD, principal partido de oposição, de estar «estéril de ideias alternativas» para tirar o país da crise.
Jerónimo de Sousa, que subiu ao púlpito do Parlamento quatro horas após o arranque do debate, que contou com a ausência do primeiro-ministro, sublinhou que «este PEC «mantém intocáveis os lucros do poderosos e não tem uma única ideia sobre a formação de riqueza do país».
«Diga lá senhor ministro das Finanças qual foi o sacrifício da banca, da distribuição de benefícios da PT, da banca que pagou menos impostos no ano que obteve lucros fabulosos», criticou o líder comunista pondo em causa o «rigor técnico» de Teixeira dos Santos «quando afirmou que a banca pagou menos impostos».
Já aos social-democratas, Jerónimo de Sousa, criticou o facto de, no projecto de resolução do PSD, não haver propostas alternativas ao PEC, «não venham os portugueses a perceber que, virando a frigideira, não venham a cair no lume»
Jerónimo de Sousa defendeu, assim, uma mudança de caminho, para uma «política mais patriótica e de esquerda», ao invés de «pedir cada vez mais emprestado a juros incalculáveis».
«Esta dança da alternância já cansa», rematou o líder do PCP, aplaudido, de pé, pelo seu grupo parlamentar.
PCP: Governo sem coragem, PSD estéril de ideias
- Redação
- Rita Leça
- 23 mar 2011, 19:14
Sócrates «não tem uma única ideia sobre formação de riqueza» e PSD «não tem propostas alternativas»
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