Passos nega problemas na coligação e não afasta descida de impostos - TVI

Passos nega problemas na coligação e não afasta descida de impostos

Primeiro-ministro diz que intervenção do Presidente da República nas comemorações do 5 de Outubro foi «bastante útil e apropriada»

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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, rejeitou este domingo a existência de «sinais de rutura» na coligação e admitiu a possibilidade de uma eventual descida de impostos em 2015, caso não seja posta em causa a meta do défice.

«Eu nem vejo sinais de rutura nem vejo crise nenhuma. Teremos oportunidade agora de discutir em Conselho de Ministros a proposta de lei do Orçamento do Estado (OE) que será submetida ao parlamento até dia 15 e não deixaremos, nessa discussão, de atender às necessidades que todos sentimos de poder aliviar a carga fiscal sobre os portugueses», disse o chefe do Governo, citado pela Lusa.

Falando aos jornalistas à margem de um almoço com a Associação de Jovens Empresários (ANJE), em São Bento, Passos Coelho reconheceu que o país tem «uma elevada carga fiscal», garantindo que esta poderá ser aliviada desde que haja condições para tal.

«Temos uma elevada carga fiscal e na medida em que tenhamos margem para a poder aliviar não deixaremos de o fazer. Não é pelo facto de termos eleições que, se tivermos margem para o poder fazer, o deixaremos de concretizar», garantiu o primeiro-ministro.

Passos Coelho vê «com bons olhos» apelo de Cavaco aos compromissos

Pedro Passos Coelho considerou que a intervenção do Presidente da República nas comemorações do 5 de Outubro foi «bastante útil e apropriada», dizendo «olhar com bons olhos» o apelo ao compromisso.

«Ouvi com muita atenção a intervenção do senhor Presidente da República. Creio que ele expressou preocupações que são de todos os portugueses», disse Passos Coelho. No entender do chefe do Governo, «foi uma intervenção bastante útil e apropriada no dia de hoje», em que se celebram os 104 anos da República.

«O apelo que o senhor Presidente da República fez a um espírito de diálogo e de compromisso entre os políticos, mas não só, entre as organizações da sociedade civil, é um apelo que olho sempre com bons olhos porque as nossas diferenças entre partidos, entre organizações sindicais, entre a sociedade civil, não perdem se soubermos sempre identificar um núcleo de questões que nos unem enquanto nação e esse espírito para trabalhar em torno desses compromisso é muito importante», reforçou Passos Coelho.

No discurso nas comemorações oficiais do 5 de Outubro, o Presidente da República, Cavaco Silva, pediu uma cultura de compromisso político por parte das forças políticas considerando que, caso contrário, há um risco de implosão do atual sistema partidário português. O chefe de Estado propôs ainda uma reflexão urgente sobre o regime político português, destinada a encontrar soluções para os problemas de governabilidade.
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