Portas não quer Governo a «espiolhar» contas de reformados - TVI

Portas não quer Governo a «espiolhar» contas de reformados

Paulo Portas

Líder do CDS opõe-se a tentativa de saber se pensionistas têm outras fontes de rendimento

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Paulo Portas afirmou hoje que, a confirmar-se que o Governo vai verificar os extratos bancários dos pensionistas para averiguar se esses têm outras fontes de rendimento, essa é uma falta de respeito para com os idosos do país, noticia a Lusa.

O líder do CDS-PP referia-se à notícia divulgada pelo «Jornal de Notícias», segundo a qual os reformados que recebem pensões sociais ou pensões mínimas só continuarão a recebê-las se provarem não dispor de outras receitas, para o que terão que apresentar extractos das suas contas bancárias, cadernetas prediais e declarações de IRS, entre outros documentos.

Para Paulo Portas, o Governo «querer espiolhar as contas bancárias» desses pensionistas é uma «falta de respeito» pelos idosos que «trabalharam toda a vida num país onde ainda não havia Estado de Previdência».

«Estamos a falar de pessoas com 70, 80 ou 90 anos, que trabalharam toda a vida, muitas vezes ainda na infância e seguramente na adolescência», observa o líder do CDS. «Não tinham descontos para a Segurança Social porque isso não existia ou porque o Estado pedia descontos limitados».

Recordando que sempre recomendou ao Governo que não beneficiasse «quem não quer trabalhar e está no rendimento mínimo», Paulo Portas reconhece-se com autoridade para criticar a nova medida e ameaça contestá-la na Assembleia da República.

«Se essa notícia se confirmar, nós pediremos a revisão parlamentar do decreto», garante. «Por pensões de 220 ou 240 euros, francamente! Respeitem quem trabalhou toda a vida».
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