Face Oculta: escutas com Sócrates destruídas esta semana - TVI

Face Oculta: escutas com Sócrates destruídas esta semana

Justiça

Garantia é dada pelo juiz presidente da Comarca do Baixo do Vouga

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O juiz presidente da Comarca do Baixo Vouga, Paulo Brandão, disse, esta segunda-feira, que a destruição das escutas do caso Face Oculta que envolvem o primeiro-ministro deverá acontecer ainda esta semana.

Em declarações à Lusa, Paulo Brandão disse que o juiz de instrução do processo Face Oculta, António Costa Gomes, recebeu na passada sexta-feira todas as escutas que se encontravam na Procuradoria Geral da República e vai agora fazer uma «análise minuciosa» dos documentos.

«São cinco volumes e o senhor juiz vai ter de ver folha a folha para separar o que terá de ser destruído e o que será guardado», esclareceu Paulo Brandão, adiantando que a destruição das escutas deverá acontecer nas instalações do Departamento de Investigação e Acção Penal da Comarca do Baixo Vouga, na presença de algumas pessoas/entidades convocadas pelo juiz António Costa Gomes.

O processo Face Oculta investiga alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com empresas do sector empresarial do Estado e empresas privadas. De acordo com o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, o primeiro-ministro, José Sócrates, apareceu em 11 escutas feitas a Armando Vara, um dos arguidos neste processo.

O PGR considerou que em seis dessas escutas «não existiam indícios probatórios que levassem à instauração de procedimento criminal», tendo também o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decretado a sua nulidade e ordenado a sua destruição. Nas restantes cinco, o PGR disse que também «não existem elementos probatórios que justifiquem a instauração de procedimento criminal» contra José Sócrates, pelo que ordenou o arquivamento dos documentos, tendo igualmente o STJ decretado a sua nulidade e ordenado a sua destruição.
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