Na despedida, Manuel Monteiro pede desculpa - TVI

Na despedida, Manuel Monteiro pede desculpa

Manuel Monteiro em entrevista

«Saio porque errei, porque não segui a estratégia correcta. Errei, porque não fui humilde», justificou

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Manuel Monteiro pediu este sábado aos congressistas do Partido da Nova Democracia (PND), reunidos no Porto, «desculpa» por ter levado o partido por um caminho «errado».

«Tenho de pedir desculpa porque, em determinado momento, procurei levar o partido por um caminho que se revelou errado», afirmou Manuel Monteiro no IV Congresso do PND, que vai eleger hoje o seu sucessor na presidência do partido.

Manuel Monteiro considerou os militantes e dirigentes do PND na Madeira «os únicos vencedores da Nova Democracia», porque foram os únicos que conseguiram que «o nome, marca, imagem e mensagem do PND passasse a ser conhecido por uma vasta maioria de portugueses».

«Saio porque errei, porque não segui a estratégia correcta. Errei, porque não fui humilde. Não acrescentei nada, do ponto de vista político, à Nova Democracia, e a Nova Democracia não acrescentou nada a mim próprio», afirmou.

O presidente demissionário do PND lamentou que, quando o vêem na rua, os portugueses continuem a dizer: «Vai ali o Manuel Monteiro do CDS». «O PND não teve resultados eleitorais e êxitos políticos por minha exclusiva responsabilidade», frisou, criticando os que não seguem o seu exemplo e reconhecem os erros próprios, como os «muitos imbecis» que o país tem.

«O país tem muitos medíocres, mas não creio que isso seja grave. O grave é quando os medíocres se julgam inteligentes, e o país tem hoje muitos imbecis, que são medíocres ao cubo, a governar e à frente de universidades, escolas e tribunais», frisou.

Na opinião de Manuel Monteiro, «o regime está prestes a morrer, está moribundo», porque Portugal é «um país de faz de conta», que «nunca como agora bateu tão fundo».

«Ninguém compreende por que razão o Presidente da República não chamou o PGR para explicar porque é que diz uma coisa à segunda, outra à terça e outra à quarta. Ninguém compreende porque não chamou a procuradora adjunta, para dizer por que razão mentiu quando deu entrevistas», disse. «Será que há uma corrente invisível que prende toda esta gente umas às outras?», questionou.
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