Austeridade: CDS quer que Governo faça «esforço redobrado» - TVI

Austeridade: CDS quer que Governo faça «esforço redobrado»

Nuno Magalhães - no debate quinzenal do governo

PSD deve compensar «impacto negativo» dos aumentos de impostos

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O Governo deve fazer um «esforço redobrado» para identificar formas de compensar o «impacto negativo» dos aumentos de impostos, disse o líder parlamentar do CDS, nesta quarta-feira, durante uma audição ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar, na comissão permanente da Assembleia da República.

Mas Nuno Magalhães compreende que o processo de ajustamento financeiro é um «trabalho em progresso», pelo que louvou o Governo pela nota positiva da troika na quinta avaliação do memorando de entendimento: «Se fosse negativa, não estaríamos aqui a discutir medidas do ministro, estaríamos a discutir a gravíssima crise económica e social.»

O líder parlamentar do CDS disse, no entanto, que «qualquer pessoa deve reconhecer» que as medidas de austeridade propostas pelo Governo «são difíceis» e que o Governo deve compensá-las de outra forma.

«A nosso ver é importante que o Governo faça um esforço redobrado» para cortar na despesa do Estado.

Essa ideia foi retomada pelo deputado centrista João Almeida, que insistiu que o Governo «tem sempre de privilegiar o essencial», que é «o corte da despesa pública».

O ministro respondeu que o Governo tentará descobrir formas de compensar as medidas, sem dar pormenores específicos.

Já o vice-presidente do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, defendeu negociações com o PSD sobre o Orçamento do Estado para 2013 no sentido de melhorar as medidas fiscais e sociais.

«Defendo que o CDS abra um processo negocial com o PSD sobre o Orçamento de 2013 para melhorar as medidas fiscais e sociais anunciadas pelo primeiro-ministro e ministro das Finanças», afirmou.

O também deputado centrista na Assembleia da República e líder do partido na Região Autónoma da Madeira considerou ainda que «este modelo de coligação e de como o Governo é coordenado politicamente está esgotado e deve ser reformulado».

«Esta não é uma crítica ao primeiro-ministro, é uma crítica à própria organização do Governo, que deve ser reformulada», insistiu.

Para José Manuel Rodrigues, «tem de haver maior coordenação política entre os partidos que formam a coligação e uma outra estratégia de comunicação para com os portugueses».

«É isto que eu vou dizer ao Conselho Nacional e à Comissão Política do partido no próximo sábado», adiantou José Manuel Rodrigues, expressando preocupação com a «possibilidade de rutura de consenso político com o PS e de consenso social com a UGT».
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