CDS recusa fazer «ruído» sobre aumento de impostos - TVI

CDS recusa fazer «ruído» sobre aumento de impostos

Debate quinzenal no Parlamento [LUSA]

Nuno Magalhães assinala que não pode comentar proposta que não conhece

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O líder parlamentar do CDS-PP escusou-se esta quarta-feira a comentar novos aumentos de impostos, argumentando que a proposta orçamental está por concluir e que não quer «criar ruído» em torno de um Orçamento «muitíssimo exigente e muitíssimo difícil».

«Tudo o que possa contribuir para criar ruído à volta do Orçamento que será necessariamente muitíssimo exigente e muitíssimo difícil, acho não ajuda em nada os esforços dos portugueses, portanto, não contribuirei com nada para essa matéria», argumentou o líder parlamentar democrata-cristão, Nuno Magalhães, citado pela Lusa.

O presidente da bancada do CDS sublinhou que «o processo orçamental nem sequer está iniciado» e que não pode comentar uma proposta de Orçamento que não conhece.

«Não conheço porque não devo conhecer, porque não faço parte do Governo e mesmo que fizesse não podia conhecer porque ela não está concluída», justificou.

«É uma matéria que ainda está a ser discutida no Governo, num Governo que o CDS apoia, e é nessa sede que qualquer discussão terá que ser feita», disse.

Nuno Magalhães falava à margem de uma conferência de imprensa conjunta com o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, para a apresentação de um projeto de lei de alteração à lei do financiamento dos partidos e das campanhas eleitorais.

O primeiro-ministro anunciou na segunda-feira que o Governo está a preparar uma proposta de aumento de impostos, incluindo o IRS, para compensar a devolução parcial dos subsídios de Natal e de férias retirados ao setor público e pensionistas, a incluir no Orçamento do Estado para o próximo ano.

Em declarações aos jornalistas, à saída de uma reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, em Lisboa, Passos Coelho afirmou que «o IRS será o imposto privilegiado para o fazer», mas adiantou que «a tributação sobre o capital e sobre o património" poderão também "ajudar a fazer esta compensação».

Segundo o primeiro-ministro, esta proposta está a ser trabalhada pelo Governo como alternativa às alterações à Taxa Social Única (TSU), medida que considerou ter sido «mal entendida» e ter visto os seus propósitos «subvertidos».
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