PSD anuncia que viabilizará hoje algumas propostas do PS - TVI

PSD anuncia que viabilizará hoje algumas propostas do PS

Carlos Zorrinho

No total, em plenário, na Assembleia da República, estarão em debate três projetos de lei e uma resolução propostas pela bancada socialista

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Última atualização às 15:19

O líder parlamentar do PSD reiterou a disponibilidade dos sociais-democratas para apoiarem propostas do PS e anunciou que viabilizarão hoje no Parlamento algumas propostas socialistas.

«O PSD está disponível para apoiar propostas do PS. Foi com esse espírito que já se materializaram a viabilização de várias propostas no final da sessão legislativa e é com esse espírito que vão ser viabilizadas algumas propostas hoje mesmo», afirmou Luís Montenegro aos jornalistas.

O líder parlamentar do PSD, que falava após uma reunião do grupo, não quis antecipar o debate desta tarde nem quais as propostas do PS que os sociais-democratas viabilizarão e ressalvou que algumas padecem de "irrealismo".

«O Partido Socialista defende para o país a quadratura do círculo, quer acabar com a austeridade, quer diminuir de forma transversal todos os impostos e não está de acordo com a diminuição da despesa, por outro lado, quer o défice baixo e quer a dívida baixa. Estas duas coisas são contraditórias entre si», disse.

«O país deve desafiar o Partido Socialista a dizer como isto se consegue», frisou.

O plenário da Assembleia da República discute hoje um projeto de lei do PS para a diminuição do IVA na restauração, um outro para a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), uma iniciativa legislativa para a «redução da taxa do IRC para 12,5 % para os primeiros 12 mil e 500 euros de lucros, apoiando as pequenas e médias empresas».

Será ainda discutido um projeto de resolução do PS que «recomenda ao Governo para que não atrase mais o apoio social aos idosos sem recursos para suportar o aumento das rendas, provocados pela nova lei».

Zorrinho apela à maioria PSD/CDS para que aprove pacote económico do PS

O líder parlamentar do PS apelou nesta quinta-feira à maioria PSD/CDS para que aprove o conjunto de diplomas socialistas para a economia e recusou-se a responder às críticas do Presidente da República a quem considera a dívida insustentável.

Carlos Zorrinho falava aos jornalistas no final da reunião do Grupo Parlamentar do PS, bancada que esta tarde leva a discussão e votação um pacote de diplomas com medidas que pretendem estimular a economia e reduzir a carga fiscal de alguns setores em impostos como o IVA, o IRC e Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

No total, em plenário, na Assembleia da República, estarão em debate três projetos de lei e uma resolução propostas pela bancada socialista.

«São projetos que têm a ver com a vida concreta das pessoas e das empresas, visando baixar o IVA da restauração, tornar mais justo os cálculo do IMI e reduzir o IRC das empresas nos primeiros 12500 euros de lucro. Finalmente, exortamos o Governo a cumprir o que prometeu no plano legislativo no sentido de proteger os mais carenciados na [atualização] da lei das rendas», referiu o presidente do Grupo Parlamentar do PS, citado pela agência Lusa.

Carlos Zorrinho disse depois esperar que a maioria PSD/CDS «viabilize» este conjunto de diplomas.

«A maioria PSD/CDS fala muito de consenso, mas a conversa não resolve nenhum problema das pessoas. Votar projetos concretos das pessoas é que resolve problemas e estes [do PS] são projetos possíveis, credíveis e que esperamos que sejam aprovados», insistiu o presidente da bancada socialista.

Interrogado sobre o facto de o Presidente da República, Cavaco Silva, durante a sua visita oficial à Suécia, ter classificado como atitude "masoquista" a tese dos setores nacionais que consideram a dívida pública portuguesa não sustentável a prazo, o líder da bancada socialista alegou que a posição do chefe de Estado foi assumida fora do país.

«Não nos revemos. O senhor Presidente da República fez essas declarações fora do país. Não temos por hábito comentar as declarações do Presidente da República, muito menos quando são feitas fora do país», disse.
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