Aproveitar a crise para avançar com a regionalização - TVI

Aproveitar a crise para avançar com a regionalização

Valente de Oliveira, ex-ministro de Cavaco, diz que o Norte tem falta de alguém que «comande com legitimidade mais alargada»

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O Porto é «uma cidade boa para viver», mas «tem perdido protagonismo». A partir deste perfil da cidade traçado por Valente de Oliveira, a conclusão é óbvia: «Falta alguém que conjugue as vontades. Alguém que comande com legitimidade mais alargada e tenha capacidade de atrair investimentos» e iniciativa.

E essa falta de liderança, sublinha este ex-ministro de Cavaco Silva em entrevista conjunta ao RCP e ao IOL, «não é só no Porto, mas em todo o Norte». Daí a necessidade da regionalização.

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Valente de Oliveira reconhece que a altura para avançar com a regionalização poderá não ser a melhor, mas, sublinha, «é preciso aproveitar os tempos de crise para dar o salto em frente. Agora é o tempo de arrancar».

Questionado sobre se Rui Rio não estaria a ser um bom líder, Valente de Oliveira considera que é «um óptimo líder», mas apenas da cidade. «Ele não tem os instrumentos para catapultar o Norte, enquanto região, para o desenvolvimento que queremos», explicou.

O Norte, sustentou este defensor da regionalização, «tem todos os ingredientes para se desenvolver e crescer: «Temos o porto de Leixões, que é um bom porto, temos o aeroporto, que também é um bom aeroporto e tem ganho prémios lá fora, e temos pessoas interessadas. Só precisamos de investir mais na formação profissional».

Valente de Oliveira foi ministro da Educação e Investigação Científica entre 1978 e 1978, presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCRN) entre 1979 e 1985, ministro do Planeamento e da Administração do Território entre 1985 e 1995, ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação em 2002 e 2003 e vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

A entrevista a Valente de Oliveira será transmitida na íntegra este sábado às 13 horas e este domindo às 23 horas no programa «Confidências», na emissão do Porto.
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