Face Oculta: CDS desconhece donativos de Godinho - TVI

Face Oculta: CDS desconhece donativos de Godinho

José Manuel Godinho interrogado no âmbito da operação face oculta

Secretário-geral do CDS, João Almeida, afirma que cheques não constam das contas centrais do partido. «Não se distraiam atenções», diz Portas.

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ACTUALIZADO ÀS 14:30

O secretário-geral do CDS/PP, João Almeida, afirmou esta madrugada que o seu partido não tem conhecimento de qualquer donativo recebido de Manuel Godinho, o principal suspeito na investigação Face Oculta.

«Não consta das contas de 2001, e não consta das contas centrais nenhuma transferência, nenhum cheque, em nome da pessoa em causa. Portanto, não aconteceu para as contas centrais do partido», afirmou o dirigente, esta madrugada, em Coimbra, no termo de uma reunião do Conselho Nacional do CDS/PP.

No entendimento de João Almeida, «a única hipótese, a ter existido esse donativo, é de ele ter sido feito para alguma campanha ao nível local», em virtude de 2001 ter sido um ano de eleições autárquicas.

«Mesmo isso não tenho qualquer informação que o possa confirmar», sublinhou o dirigente.

Embora escusando-se a comentar a notícia de donativos pelo suspeito principal da «Face Oculta», o líder do CDS, Paulo Portas, observou: «Não se distraiam atenções.»

O empresário de Ovar, principal arguido do processo «Face Oculta» terá doado, segundo o «Jornal de Notícias», 20 mil euros aos populares em dois cheques, nas vésperas das autárquicas de 2001.

Estrutura de Aveiro desmente

O presidente da Distrital do CDS/Aveiro, Raul Almeida, garantiu hoje à Lusa que o seu partido não registou qualquer donativo do empresário Manuel Godinho.

Pediu mesmo à investigação que clarifique em que contas foram depositados dois cheques de 10 mil euros cada que teriam sido entregues por Godinho a estruturas do CDS no distrito de Aveiro, em fins de 2001.

«Nem nas contas centrais do partido nem das concelhias há registo ou memória da recepção de qualquer cheque de Manuel Godinho», garantiu, acrescentando: «Gostaríamos, por isso, que dissessem em que contas é que foram passados os tais cheques».
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