Do ataque a Marcelo aos "portugueses de bem". Os cartazes mais polémicos destas presidenciais - TVI

Do ataque a Marcelo aos "portugueses de bem". Os cartazes mais polémicos destas presidenciais

São um dos símbolos de qualquer campanha eleitoral, talvez um dos mais antigos. Numa campanha em tempo de pandemia, dos poucos cartazes que podem ser vistos e fotografados nas ruas do país, há dois que saltam à vista

São um dos símbolos de qualquer campanha eleitoral, talvez um dos mais antigos. Conhecidos pelas mensagem que sustentam, são, muitas das vezes, utilizados como arma de arremesso, em vez do simples apelo ao voto.

Numa campanha em tempo de pandemia, dos poucos cartazes que podem ser vistos e fotografados nas ruas do país, há dois que saltam à vista: o de André Ventura e o de Tiago Mayan Gonçalves.

O do candidato liberal pela crítica clara a Marcelo Rebelo de Sousa e o de André Ventura por fazer uma espécie de distinção entre os "portugueses de bem" e os restantes.

"Não vejo nenhum problema com o Governo socialista"

Fundado em 2017, o Iniciativa Liberal foi sempre falado pelos cartazes originais, criativos, mas também polémicos. Chegou mesmo a ver ser retirado um cartaz, em Oeiras, que questionava os munícipes se confiariam as suas contas em Isaltino Morais. 

Desta vez, apresentam a figura de Marcelo Rebelo de Sousa com os olhos vendados com uma máscara cirúrgica e com a frase: "Não vejo nenhum problema com o Governo socialista". No canto superior direito acrescentam: "Menos cumplicidade. Mais rigor"

Isto vai ao encontro de uma das principais bandeiras de Tiago Mayan ao longo da campanha às presidenciais. No frente a frente entre os dois candidatos, Mayan acusou Marcelo de ter sido "o ministro da propaganda", um "porta-voz do Governo" e de ter executado um mandato que foi um "falhanço". Foi mais longe e reiterou que o atual Presidente da República só se preocupava com a sua popularidade.

RECORDE O DEBATE MARCELO VS MAYAN: 

Talvez por todas estas razões, e eventualmente muitas outras, ao lado do cartaz em que atacam Marcelo, o Iniciativa Liberal colocou um outro com a cara de Mayan Gonçalves e a frase: "Está à vista que precisamos de um presidente exigente"

"Presidente dos portugueses de bem"

Uma das frases mais ouvidas por parte de André Ventura nos debates tem sido: "não vou ser o presidente de todos os portugueses". O deputado único do Chega tem feito uma diferenciação entre os portugueses que trabalham e pagam os seus impostos e aqueles que vivem de rendimentos, com vários ataques à etnia cigana. 

Aliás, Marcelo Rebelo de Sousa, no debate com Ventura, criticou-o por isso e alegou que iria ser o Presidente dos desempregados, dos pobres, dos imigrantes e até dos, eventualmente, condenados por crimes. 

RECORDE O DEBATE MARCELO VS VENTURA: 

O polémico cartaz de Marisa Matias 

O cartaz de Marisa Matias com o lema "Saber com quem contar" e com a imagem de seis cidadãos a segurar uma das letras do primeiro nome da candidata, causou alguma polémica nas redes sociais.

Os internautas acusaram a bloquista de colocar um homem negro com a função de homem do lixo, acusando-a de discriminação.

 

 

Ainda assim, o cartaz de Marisa Matias continua nas redes sociais e nas ruas. 

Ana Gomes e João Ferreira foram os candidatos que acabaram por passar ao lado destas disputas e controvérsias, por terem cartazes simples, diretos e sem provocações. O candidato do PCP surge com a frase "Coragem e confiança: um horizonte de esperança" e a socialista com o slogan "Cuidar de Portugal" e com as palavras "transparência" e "justiça". 

Não consta desta galeria o cartaz de Vitorino Silva, porque a TVI24 não obteve qualquer resposta até à publicação deste artigo. 

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