João Ferreira considera que o estado de emergência não contempla as medidas necessárias para um combate eficaz à pandemia de covid-19.
O comunista assistiu, esta terça-feira, à reunião do Infarmed sobre a situação epidemiológica em Portugal.
As sucessivas declarações do estado de emergência, nas quais não encontramos as medidas que seriam necessárias para um eficaz combate à epidemia, limitaram direitos, alimentaram o alarmismo, mas não impediram que chegássemos à situação atual", afirmou João Ferreira, num vídeo enviado às redações.
Sublinhou, ainda, que são necessárias medidas de emergência, "mas o estado de emergência não pode ser entendido como 'a' medida".
João Ferreira referiu que o quadro apresentado na reunião, com um aumento previsível do número de casos positivos e da pressão exercida nas unidades do SNS, "reclama medidas de emergência adicionais, que devem incidir na proteção das pessoas".
Para o candidato, é necessária a contratação de mais profissionais, o aumento do número de camas de cuidados intensivos e a formação das respetivas equipas, assim como o reforço da estrutura de saúde pública, “fundamental para quebrar cadeias de contágio, conter e anular” a progressão da epidemia.
A par destas medidas, é necessário reforçar as medidas de apoio e proteção social dos que, impedidos de exercerem a sua atividade profissional devido ao provável confinamento a ser anunciado amanhã [quarta-feira], vão perder a totalidade ou parte dos seus rendimentos”, defendeu.
Por outro lado, sublinhou, é necessário “garantir um reforço da proteção de todos quantos, mesmo no provável confinamento próximo, não deixarão de continuar a trabalhar”.
Face à situação epidémica que se vive no País, João Ferreira acrescentou que a campanha da sua candidatura continuará a ser adaptada à situação existente, “adotando todas as medidas de proteção sanitária sem que tal signifique abdicar do esclarecimento e da mobilização dos portugueses para o voto”.
O secretário-geral do PCP anunciou esta terça-feira que vai voltar a votar contra a renovação do estado de emergência para dar resposta à pandemia de covid-19 e pediu mais medidas de emergência, após a reunião que decorreu no Infarmed.