Marcelo preocupado com abstenção e céptico quanto à eleição à primeira volta - TVI

Marcelo preocupado com abstenção e céptico quanto à eleição à primeira volta

Numa primeira reação após as projeções, o recandidato ao cargo disse ser muito cedo para se falar em resultados, porque "há uma margem muito grande" e ainda é tudo "muito provisório"

Numa primeira reação após as projeções, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se preocupado com a abstenção nestas Eleições Presidenciais, que se situa acima dos 65%, e não está ainda convencido de que pode ser eleito à primeira volta. 

Aparentemente, o resultado da abstenção é mais elevado, vamos ver. (...) Falta ainda apurar as freguesias mais importantes no sentido numérico", afirmou o atual Presidente recandidato.

O recandidato ao cargo disse ser muito cedo para se falar em resultados, porque "há uma margem muito grande" e ainda é tudo "muito provisório".

Há uma margem muito grande relativamente à votação no candidato teoricamente mais escolhido, vai de 50 e poucos por cento até 60 e poucos por cento", referiu, apontando também uma "indefinição em relação aos outros candidatos".

Marcelo não se mostrou convencido que que iria ganhar à primeira volta, alegando que faltam apurar resultados em muitos distritos: "vamos ver".

Eu só estou realmente convencido no momento em que fecharem as urnas".

Deixou ainda uma palavra de agradecimento aos portugueses: "Uma coisa é certa, com este tempo e com a pandemia, há que agradecer aos portugueses, que realmente votaram".

Questionado se fica frustrado por não atingir o resultado com que Mário Soares foi reeleito em 1991, com 70,35% dos votos expressos, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a defender que o fundador do PS e antigo Presidente da República "é irrepetível na democracia portuguesa", pelo que "frustradíssimo ninguém poderia sentir-se".

Teve o apoio dos dois maiores partidos, um dos quais valia 50% na altura, o PSD", realçou.

 

E depois, pandemia", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa voltou este domingo a falar aos jornalistas à porta da sua residência, em Cascais, no distrito de Lisboa, onde está a acompanhar o apuramento dos resultados, antes de discursar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, instituição na qual foi aluno e professor.

Liderou o PSD entre 1996 e 1999, foi eleito Presidente da República nas presidenciais de 24 de janeiro de 2016 com 52% dos votos expressos.

Nestas eleições, candidatou-se a um segundo mandato tendo como adversários Ana Gomes (apoiada por PAN e Livre), Marisa Matias (BE), João Ferreira (PCP e PEV), André Ventura (Chega) e Vitorino Silva.

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