Marisa Matias: Presidente da República tem de garantir que nenhuma parte do país fica para trás - TVI

Marisa Matias: Presidente da República tem de garantir que nenhuma parte do país fica para trás

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  • 13 jan 2021, 14:00

Marisa Matias deslocou-se à Madeira em campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 24 de janeiro, e reuniu-se com o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Gouveia

A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, disse esta quarta-feira, no Funchal, que o Presidente da República tem o papel de garantir que "nenhuma parte do país fica para trás", função que considerou, contudo, não ter sido plenamente cumprida.

Marisa Matias deslocou-se hoje à Madeira em campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 24 de janeiro, e reuniu-se com o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Gouveia, eleito pela Coligação "Confiança" composta pelo PS, BE, PDR e Nós, Cidadãos, e com o autarca de Santa Cruz, eleito pelo JPP, tendo de seguida partido para a Região Autónoma dos Açores.

Para a candidata, o papel do Presidente da República é também ser "um elemento fundamental que permita contribuir para soluções, sejam elas soluções de governação no sentido mais amplo na relação com as instituições, sejam elas soluções para garantir que não há nenhum território, que não há nenhuma parte do país que fica para trás".

Neste momento, para além de acreditar que essa função não está tão visível, nem foi tão cumprida como devia ter sido, criou-se ainda um problema adicional ao qual pouca atenção se tem dado que é esta necessidade de garantir que a descentralização ocorre, que é real e que os poderes, todos eles, podem responder aos problemas da crise pandémica", observou.

A candidata apoiada pelo BE considerou, assim, ser necessária uma aproximação entre todos os poderes, desde o local aos de soberania assim como defendeu um programa "maciço" de investimento para "dar resposta às pessoas" e uma revisão das questões da descentralização e da Lei das Finanças Regionais.

Caso contrário, alertou, os problemas agravar-se-ão "num território que já tem tanta pobreza e dificuldades como é a Região Autónoma da Madeira".

Marisa Isabel dos Santos Matias, 44 anos, é socióloga e eurodeputada eleita pelo BE desde 2009, partido de que é dirigente, integrando a Mesa Nacional e a Comissão Política.

Após encabeçar a lista bloquista à Câmara Municipal de Coimbra, em 2005, foi eleita eurodeputada quatro anos depois ("número 2"), tendo sido reeleita em 2014 e 2019, já como cabeça de lista.

Em 2016, foi candidata às Presidenciais, tendo ficado no terceiro lugar, com 10,12% dos votos, o melhor resultado de sempre de uma mulher neste tipo de sufrágio.

Anunciou a sua candidatura em 09 de setembro de 2020 e conta com o apoio do seu partido, o BE.

Às eleições presidenciais de 24 de janeiro concorrem o atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes, o deputado único e presidente do Chega, André Ventura, a deputada ao Parlamento Europeu e membro da direção BE, Marisa Matias, o eurodeputado e dirigente da cúpula do PCP, João Ferreira, o dirigente da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o ex-autarca Vitorino Silva ("Tino de Rans"), agora presidente do RIR (Reagir, Incluir, Reciclar).

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