Marisa Matias diz que anterior Governo empurrou problema do Banif “com a barriga” - TVI

Marisa Matias diz que anterior Governo empurrou problema do Banif “com a barriga”

Marisa Matias [Lusa]

"É pena que o Presidente da República só se tenha lembrado de exigir estabilidade do sistema financeiro ao Governo atual e não se tenha lembrado de o exigir ao anterior Governo"

A candidata presidencial Marisa Matias afirmou esta segunda-feira que o anterior Governo teve três anos para resolver o problema do Banif, mas preferiu "enterrar" 1.100 ME dos contribuintes e empurrar o problema "com a barriga".

A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda (BE) afirmou que "é pena que o Presidente da República [Cavaco Silva] só se tenha lembrado de exigir estabilidade do sistema financeiro ao Governo atual e não se tenha lembrado de o exigir ao anterior Governo".

"Se o tivesse exigido este problema não tinha surgido", disse.

Marisa Matias, que falava em Castelo Branco, à margem de uma conferência no Instituto Politécnico local, sublinhou que o anterior Governo teve três anos para resolver o problema do Banif.

"No entanto preferiu enterrar 1.100 ME dos contribuintes e empurrar o problema com a barriga", sustentou.

As ações do Banif lideraram as perdas da sessão de hoje da Bolsa de Lisboa, tendo recuado 42,86% para 0,0008 euros, depois de, no domingo à noite, a TVI e o Público terem noticiado que o Estado está a estudar a aplicação de uma medida de resolução na instituição financeira e que poderá haver uma decisão ainda esta semana.

Essas informações levaram o Ministério das Finanças a publicar uma nota, ao início da madrugada de hoje, a afirmar que está a acompanhar a situação do Banif, nomeadamente a tentativa de venda do banco a um investidor estratégico e a garantir que irá proteger os depositantes.

Já o Banif emitiu, pela sua parte, um comunicado ao mercado a dizer que qualquer cenário de resolução ou imposição de uma medida administrativa não tem “sentido ou fundamento”, após a divulgação de notícias que dão conta de que o Estado se prepara para intervir no banco.

 
Continue a ler esta notícia