Políticos não devem complicar "o que já é complicado" - TVI

Políticos não devem complicar "o que já é complicado"

Marcelo Rebelo de Sousa na primeira sessão pública enquanto candidato a Belém (OCTÁVIO PASSOS/LUSA)

Candidato à Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que o povo espera que os políticos reajam às circunstâncias com serenidade, bom senso e cabeça fria

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa disse este sábado, em Coimbra, que o povo quer que “os políticos não compliquem o que já é complicado” e que reajam às circunstâncias com serenidade, bom senso e cabeça fria.

“A cultura popular e a sabedoria do povo” querem que “os políticos não compliquem o que já é complicado e que os políticos, os responsáveis, reajam com serenidade, com bom senso, com cabeça fria naquilo que dizem e na forma” como se referem “às circunstâncias, às vezes mais complicada, da vida coletiva", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.


O professor universitário e antigo líder do PSD falava hoje, ao final da tarde, em Coimbra, num café da Baixa histórica da cidade, numa sessão de apresentação da sua candidatura a Belém, dedicada essencialmente a questões relacionadas com ciência e cultura.

Além daquela mensagem da sabedoria popular, “há a cultura da ciência feita do estudo” e que tem a ver com o “direito que tem toda a portuguesa e todo o português de ir o mais longe possível no desenvolvimento das suas faculdades, na educação, na formação, na inovação”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.

Esse direito “implica consensos de regime em áreas tão importantes como a ciência e a educação”, sustentou o candidato presidencial, frisando que estas “implicam uma visão a prazo”.

“O pior que podia acontecer a Portugal era começar a pensar a educação dia-a-dia, pensar a formação e a qualificação dia-a-dia”, advertiu, considerando que “isto é exatamente aquilo que nós não precisamos.


Portugal precisa, “neste momento da nossa história de corresponder às expectativas de muitas jovens e de muitos jovens” quando “chegam ao momento de entrar na vida profissional”.

Questionado pelos jornalistas, antes do início da sessão, sobre a formação do novo Governo, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “um candidato presidencial, que se o povo quiser pode vir a ser Presidente da República daqui a três meses/três meses e meio, não deve antecipar juízos sobre o funcionamento das instituições”.

A constituição de um governo deve “atender ao resultado eleitoral” e o chefe de Estado “deve procurar um governo que seja viável no parlamento e que seja duradouro”.

É muito importante, “na situação em que o país vive ter um orçamento [de Estado]”, disse o candidato presidencial, referindo que, “como se sabe, um governo de gestão não pode aprovar um orçamento e o orçamento é uma peça fundamental” para “a vida de um país, sobretudo com uma economia como a portuguesa”.

No fundo, “o que é importante” é que o governo “passe no parlamento e seja sustentável e duradouro”, sintetizou, recordando que “está em curso um processo [de formação de governo] que ainda tem fases subsequentes, nomeadamente envolvendo a intervenção” da Assembleia da República.
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