Eleições no PSD e CDS? Marcelo diz que é importante que "partidos sejam fortes" - TVI

Eleições no PSD e CDS? Marcelo diz que é importante que "partidos sejam fortes"

  • Agência Lusa
  • AG
  • 19 out 2021, 17:36
Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República recusou-se a alongar sobre o tema, dizendo que soube das candidaturas na comunicação social

Marcelo Rebelo de Sousa considerou esta terça-feira, a propósito das candidaturas à liderança do PSD, que é importante os partidos serem fortes, mas que enquanto Presidente da República deve estar acima das questões partidárias, sem interferir.

À margem do programa "Mulheres de coragem", no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, questionado sobre a recandidatura de Rui Rio à liderança do PSD, anunciada, Marcelo Rebelo de Sousa disse que soube dessa e de outras candidaturas pela comunicação social.

O Presidente da República não tem de saber nem sabe de iniciativas partidárias, se não através da comunicação social. Neste momento há vários partidos que estão a proceder ao debate e à escolha das suas lideranças", respondeu.

Referindo-se ao PSD e ao CDS-PP, o chefe de Estado acrescentou: "Em qualquer dos partidos eu soube da apresentação de candidaturas pela comunicação social, e é assim que deve ser. Acabei de saber uma agora, soube há dias outra, soube antes outra, sucessivamente".

O Presidente deve estar acima destas questões partidárias. É importante para a democracia que os partidos sejam fortes, mas as questões partidárias são questões internas dos partidos. Só eles podem tratar essas questões, o Presidente da República não deve interferir", defendeu, em seguida.

Interrogado sobre as declarações feitas pelo secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, sobre as negociações do Orçamento do Estado para 2022 com PCP, BE, PEV e PAN, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a dizer que aguarda "os contactos que naturalmente têm de se estabelecer entre partidos e Governo, nos próximos dias, ao longo desta semana e até à votação" na generalidade, marcada para 27 deste mês.

Tudo o que eu diga neste momento é prematuro e é inoportuno. É prematuro, e as duas coisas estão ligadas, porque há que aguardar a evolução dos acontecimentos nestes dias. É inoportuno porque o Presidente o que tinha a dizer disse na altura certa, antes de falar com os partidos, quando falou com os partidos", considerou, reiterando: "Vamos aguardar até ao dia 27".

O chefe de Estado afirmou uma vez mais que, na sua perspetiva, "o desejável é não haver crise" e que esse é o cenário "mais possível".

Marcelo Rebelo de Sousa negou estar a planear alterações à sua agenda devido à possibilidade de convocar eleições legislativas antecipadas na sequência de um chumbo do Orçamento do Estado: "Tenho várias marcações ao longo dos meses de novembro e dezembro, e a vida continua, portanto, não há alteração de calendário nenhum".

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