Marcelo apela ao voto "pelo amor à terra" - TVI

Marcelo apela ao voto "pelo amor à terra"

  • EC
  • 30 set 2017, 21:01
Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República lembra que estas eleições não servem para eleger um Governo ou líder partidário, mas sim de "legitimar os que irão governar" as terras, freguesias e municípios

O Presidente da República apelou hoje à participação dos cidadãos nas autárquicas de domingo, invocando o seu amor à terra e afirmando que estas não são eleições sobre a escolha do Governo ou de um líder partidário.

Como cidadão, confio no vosso espírito de cidadania. Como Presidente da República, confio no vosso amor à terra, seja ela natal ou adotiva, que o mesmo é dizer: confio no vosso amor a Portugal", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação a propósito das eleições autárquicas de domingo, divulgada hoje na televisão e na rádio.

Na habitual mensagem presidencial transmitida em véspera de atos eleitorais, o chefe de Estado salientou o caráter local destas eleições, e separou-as de outras escolhas políticas: "Não se trata de escolher um Presidente da República, um parlamento nacional, um Parlamento Europeu, um Governo, um líder partidário".

Trata-se, antes, de legitimar os que irão governar as vossas terras, as vossas freguesias, os vossos municípios nos próximos quatro anos. E legitimar significa votar amanhã", contrapôs, dirigindo-se aos eleitores.

Marcelo Rebelo de Sousa acentuou que os eleitos para as assembleias de freguesia, as juntas de freguesia, as assembleias municipais e as câmaras municipais são aqueles que "todos os dias mais próximos se encontram do povo e dos seus problemas concretos".

Nestas fases eleitorais haverá sempre quem aponte o entrecruzar de temas nacionais e locais, as personalizações excessivas, o cansaço de alguns relativamente a alguma política e alguns políticos", referiu, acrescentando: "Mas é um erro generalizar juízos num período eleitoral que, genericamente, decorreu com sentido cívico".

O chefe de Estado reiterou a ideia, que tem defendido em intervenções públicas, de que o poder local constitui "um dos fusíveis de segurança" da democracia portuguesa.

Sem ele, como seria a resposta a necessidades básicas dos portugueses, quer em tempos normais, quer, e sobretudo, em períodos particularmente exigentes?", questionou.

Neste contexto, dramatizou as consequências da abstenção nas eleições deste domingo.

Depois de tantos e tão difíceis anos de crise e até de tragédias comunitárias, como os que temos vivido, nós sabemos todos que não votar em eleições locais pode representar uma omissão incompreensível ou um descuido imperdoável, e, o que é pior, de efeitos largamente incorrigíveis", considerou.

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