Jardim: eleição de Costa é regresso do «grupo Sócrates» - TVI

Jardim: eleição de Costa é regresso do «grupo Sócrates»

Alberto João Jardim [Foto: Lusa]

Presidente do PSD/Madeira diz que nova liderança do PS «não resolve nada». «São os mesmos senhores» da era do ex-primeiro-ministro, que «levaram o país à bancarrota»

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«Esta nova liderança não resolve nada». Alberto João Jardim, que é o presidente do PSD/Madeira, não teve problemas em comentar as eleições primárias do PS, para dizer, sem rodeios, que a eleição de António Costa representa o regresso do « grupo Sócrates».

««Não é verdade e é uma vergonha dizer que haja uma nova liderança no PS. Quem tomou o PS agora são os mesmos senhores do grupo Sócrates que levaram o país à bancarrota», declarou Jardim, esta noite, no final da reunião da comissão política do PSD/Madeira.

Embora se diga amigo pessoal de António Costa, entende que «ele representa um grupo, insisto, que é o dos grupos económicos dentro do PS e que levou o país à bancarrota».

Jardim disse também «não saber» se a eleição de António Costa no passado sábado como candidato do PS a primeiro-ministro irá dificultar mais a vida ao atual chefe do Governo. «O dr. Pedro passos Coelho também tinha obrigação de ter competência política para não lhe deixar dificultar a vida», opinou, citado pela Lusa.

Já sobre o «caso Tecnoforma», que envolve o primeiro-ministro, Jardim considerou que este tipo de situações são «histórias medíocres». Em Portugal vive-se «muito do assassinato político», atirou.

«Infelizmente, a comunicação social portuguesa, de uma maneira geral, não é honesta e a prova está que censurou o projeto de revisão constitucional da Madeira e a demonstração que fizemos que é o Estado português que deve à Madeira e não a Madeira ao Estado».

Foi mais longe: a comunicação social «tem outro problema: é que se deixa instrumentalizar para fazer ataques pessoais à medida que estratégias partidárias ou interesses de grupos económicos». 

Subordinação à República? «Não. E luta pela autonomia não acaba» 

Jardim teve ainda tempo para recusar qualquer postura de «subordinação à República» por parte do seu partido na região.

«Entendo que não pode haver situação de subordinação à República, por muita força que os centralismos venham ganhando por causa das crises recentes».

E garantiu que, enquanto for presidente do Governo Regional da Madeira e do PSD neste arquipélago, «a luta pela autonomia não acaba». «Se alguém quiser transformar o PSD/M num partido submisso a Lisboa, se calhar outros movimentos autonómicos acabarão por surgir na Madeira», advertiu.

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