António Costa assinou "com muita honra" a requisição civil para situação de emergência em Odemira - TVI

António Costa assinou "com muita honra" a requisição civil para situação de emergência em Odemira

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  • MJC
  • 12 mai 2021, 18:12
António Costa

O primeiro-ministro afirmou que assinou "com muita honra" a requisição civil para responder a uma situação de emergência perante um surto epidémico de covid-19 em Odemira, apontando que agora já não há transmissão comunitária

O primeiro-ministro afirmou que assinou "com muita honra" a requisição civil para responder a uma situação de emergência perante um surto epidémico de covid-19 em Odemira, apontando que agora já não há transmissão comunitária.

António Costa assumiu esta posição na segunda ronda do debate sobre política geral, na Assembleia da República, depois de uma intervenção da deputada socialista Telma Guerreiro sobre a situação em Odemira.

O primeiro-ministro sustentou que a intervenção do Governo em Odemira teve diversos níveis, começando "pela de fundo no sentido de resolver a questão da habitação" dos trabalhadores, mas também "uma de emergência, em que foi necessária a intervenção da GNR, da Autoridade para as Condições do Trabalho, da autoridade local de saúde e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)".

Todos estes agentes andaram de casa em casa a vistoriar com a Câmara quais as situações de habitabilidade e procurar assegurar alojamento de emergência. É muito fácil dizer que cabiam todos [os trabalhadores] na pousada da juventude local, mas não cabiam e muitos tiveram de vir para o Alfeite [Almada]", observou.

Em relação a outros trabalhadores, perante a crise da epidemia de covid-19, de acordo com o líder do executivo, optou-se por uma solução local.

Soluções que foram encontradas por requisição civil que com muita honra assinei, porque era efetivamente necessário encontrar uma solução de emergência para assegurar o confinamento profilático", insistiu.

Perante os deputados, o primeiro-ministro defendeu depois a tese de que, em consequência destas medidas, "foi possível registar-se uma evolução na saúde pública - a questão mais importante".

Agora, tal como comunicou a autoridade local de saúde, a maior parte dos resultados positivos [de covid-19] correspondem a cadeias já identificadas, não havendo neste momento transmissão comunitária. Como se verifica uma trajetória decrescente de casos, foi possível levantar-se a cerca sanitária nas duas freguesias", frisou António Costa.

Antes, a deputada socialista Telma Guerreiro tinha elogiado a atuação do primeiro-ministro no caso de Odemira, falando em "empatia" com os cidadãos abrangidos pelas medidas e, por outro lado, em "consequências políticas que devem ser entendidas com a ação, com respostas e com garantias para o futuro".

O Governo foi Governo quando procurou imediatamente levar esperança para aquele território e para todas as pessoas que lá vivem e trabalham. As decisões assumidas, em Odemira, perante as suas gentes e os seus autarcas - sem esquecer as associações que há muito trabalham no terreno para uma boa integração dos diferentes grupos sociais - garantem as condições para que os trabalhadores sazonais e a população local com fragilidades habitacionais possam ter acesso à habitação digna", sustentou.

Mas a deputada do PS foi mais longe: "Revelam claramente as prioridades que o Governo e os socialistas dão à defesa dos direitos humanos".

Em contrapondo, Telma Guerreiro criticou a atuação das oposições no caso do surto de covid-19 em Odemira.

"Pelo contrário, o que Odemira não precisa é o que a oposição fez. O que Odemira precisa é que os compromissos assumidos na terça-feira sejam os compromissos de todos: Governo, autarcas, empresas, associações locais, partidos políticos, cidadãos e cidadãs. O que Odemira precisa é que depois destes holofotes, não seja esquecido por ninguém o que é feito hoje, mas também o que continuará a ter de ser acompanhado amanhã e no futuro", acrescentou.

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