«Não tenho qualquer dívida ao Fisco. Se no passado, alguma vez isso aconteceu, se me atrasei, tive de pagar coimas por algum atraso. Isso aconteceu como teria sido tratado com qualquer contribuinte, sem nenhum benefício, sem nenhum privilégio», assegurou.
«Sempre paguei aquilo que o fisco me convidou a pagar», sublinhou.
O primeiro-ministro admite que houve atrasos e admite igualmente que não se orgulha disso, mas assegura que tem a situação contributiva regularizada. «Uma coisa é nós podermos, em algum momento da nossa vida, termo-nos atrasado e posteriormente liquidado as nossas dívidas. Outra coisa é estar a insistir na ideia de que tenho dívidas ao fisco ou algum contencioso com o fisco, que não tenho», insistiu.
«Não creio que haja ninguém que possa conhecer todas as leis»
Em Mirandela, Pedro Passos Coelho respondeu também às questões dos jornalistas sobre a dívida à Segurança Social e esclareceu a alegação de desconhecimento da existência dessa dívida para a não regularização atempada.
«Não creio que haja ninguém que possa conhecer todas as leis. O facto de o desconhecer nunca foi por mim invocado como desculpa. Se eu tivesse sido notificado para regularizar essa situação, eu tê-la-ia regularizado sem invocar o desconhecimento como desculpa», assegurou.
«Não tive consciência, durante muitos anos, dessa situação», acrescentou.
O primeiro-ministro disse ainda esperar «que não tenha publicamente de me referir mais vez nenhuma sobre esta matéria, uma vez que tive oportunidade de o esclarecer aos senhores deputados e aos senhores jornalistas».