CDS-PP acusa ministro da Agricultura de incompetência - TVI

CDS-PP acusa ministro da Agricultura de incompetência

Capoulas Santos

Ou, num cenário mais "feio", de ter "inveja total" da aplicação da parte do Governo PSD/CDS-PP do PRODER

O CDS-PP acusou esta quinta-feira o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, de "incompetência" ou, num cenário mais "feio", de ter "inveja total" da aplicação da parte do Governo PSD/CDS-PP do programa de apoio ao investimento agrícola (PRODER).

"O ministro ou revela incompetência ou revela uma coisa ainda mais feia, uma inveja total por não ser capaz de ter executado e não ser capaz de estar a executar neste momento o PDR [Programa de Desenvolvimento Rural], que está parado", afirmou no parlamento o deputado do CDS-PP Abel Baptista, referindo-se ao atual programa de investimento agrícola, o PDR 2014-2020.

Na quarta-feira, o ministro da Agricultura afirmou que o anterior programa de apoio ao investimento agrícola (PRODER) não foi totalmente executado, como havia dito a sua antecessora na pasta, a centrista Assunção Cristas, obrigando a devolver 18 milhões de euros a Bruxelas.

"Não sabemos exatamente o que aconteceu. Ou se deve a incompetência do ministro atual no mês de dezembro (…) ou a pagamentos no final que não foram devidamente validados", sustentou Abel Baptista.

E concretizou: ""Estamos a falar, para que se perceba, de menos de 0,5% do programa, de 4,5 mil milhões de euros".

No anterior Executivo de centro-direita, a pasta da Agricultura estava nas mãos da atual presidente do CDS-PP, Assunção Cristas.

"Fiquei surpreendido porque ouvi, quer a anterior ministra, quer membros do anterior governo (…) referirem publicamente que tinha havido uma execução de 100% no PRODER. Ora os dados que acabam de ser enviados para Bruxelas, depois de apuradas as contas, dizem que Portugal vai ter de devolver 18 milhões de euros que não foram utilizados", disse Capoulas Santos na quarta-feira à Lusa, após uma audição na comissão parlamentar de Agricultura e Mar.

O PRODER vigorou entre 2007 e 2013, mas tinha mais dois anos para gastar as verbas disponíveis, pelo que só foi efetivamente fechado no final do ano passado.

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