“Como está ancorado na credibilidade e na confiança que este Governo criou nas instâncias europeias ao longo dos últimos quatro anos, tem condições para mudar políticas europeias que podem aliviar e melhorar a qualidade de vida e o nível de vida dos portugueses, que tanto sofreram nestes anos de ajustamento”
Segundo o social-democrata, é aí que a proposta da coligação se vai “diferenciar muito” da do PS, partido que “tem ideias utópicas para a reforma da Europa que não permitem depois ter consequências para Portugal”, atirou, citado pela Lusa, à margem da conferência do Jornal de Notícias “Por Portugal”, que se realizou esta terça-feira na Casa da Música, no Porto.
Os portugueses podem esperar das bases programáticas da coligação PSD-CDS “uma melhoria na estabilidade e na continuidade”, reforçou ainda, acrescentando: “Portugal tem tido grandes resultados do ponto de vista da confiança e da credibilidade que criou nos mercados, nos credores e parceiros europeus”.
Na opinião de Rangel, mantendo “essa confiança haverá espaço para o crescimento e uma melhoria gradual” das condições de vida dos portugueses.
O social-democrata elogiou as “propostas muito arrojadas, muito ousadas”, que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, fez para “uma reformulação da zona euro”.
“Basicamente a ideia é: nós criamos confiança, criamos credibilidade e agora já podemos propor à Europa que mude algumas políticas em favor dos portugueses”
Presidenciais: Rio ou Marcelo?
Questionado sobre as eleições presidenciais, designadamente a ausência de um candidato do centro-direita, Rangel reafirmou que ficará satisfeito com Marcelo Rebelo de Sousa ou Rui Rio.
“Eu ficarei satisfeito com qualquer um deles, têm todas as condições para ganhar. São dois perfis diferentes, mas ambos têm capacidade para responder aos desafios” dos próximos cinco anos, disse.
Paulo Rangel considerou ainda que “não há cá pressas" para apresentar uma candidatura, mas "também não há demora”, encarando o assunto com “naturalidade”.